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Apreensão com tributos ofusca Vale e índice cai pelo 5º dia

Ibovespa recuava nesta terça-feira, com a queda dos papéis de bancos prevalecendo sobre o avanço de Vale

Operadores na Bovespa: Ibovespa caía 0,54 por cento, a 51.996 pontos, às 11h46 (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 11h08.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava nesta terça-feira, com a queda dos papéis de bancos prevalecendo sobre o avanço de Vale , em meio à apreensão sobre potenciais medidas tributárias visando fechar as contas públicas.

Após abrir no azul, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 51.996 pontos, às 11h46. Na mínima, chegou a 51.986 pontos. O volume finaceiro do pregão somava 1,1 bilhão de reais.

Notícias de que a nova equipe econômica de Dilma Rousseff estaria considerando aumentar tributos para reequilibrar as contas públicas, combinadas com rumores de tributação de dividendos e fim dos juros sobre capital próprio, minaram os negócios na véspera a ainda azedavam o humor dos investidores.

Para o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, a possibilidade da volta de um tributo como a CPMF, somada à tributação dos dividendos e o fim dos juros sobre capital próprio trazem mais uma "âncora" para o ambiente empresarial com impacto direto na bolsa.

"Todo e qualquer arrocho tributário só será tolerado se vier acompanhado de forte contenção de gastos, caso contrario, assistiremos a debandada de investimentos tão caros à sustentação do crescimento econômico", disse em nota a clientes.

Essa preocupação pesava sobre os papéis de bancos, em razão da política de pagamento regular de dividendos no caso de Itaú , que caía 1,7 por cento; e de juros sobre capital próprio do Bradesco, que recuava 1,9 por cento. Ambos acumulam ganhos ao redor de 30 por cento em 2014. O movimento pressionava o Ibovespa, em razão da forte participação desses papéis na composição do índice.

À espera do que será feito do ponto de vista fiscal, o mercado aguarda atentamente a sessão do Congresso Nacional para análise do projeto que amplia os descontos da meta de superávit deste ano. A sessão está prevista para começar no fim da tarde.

Nesse contexto, a alta da Vale após o minério de ferro retomar o patamar de 70 dólares na China na véspera tinham efeito limitado. O minério também voltou a cair nesta sessão. A mineradora tem encontro com investidores em Nova York ao longo do dia.

As preferenciais da Vale subiam 1,56 por cento, enquanto os papéis ON ganhavam 1,85 por cento. Duas fontes também afirmaram à Reuters que a empresa considera listar parte de seu negócio global de metais básicos.

As ações da Fibria destacavam-se entre as altas do Ibovespa, com ganho de 1,5 por cento, após a empresa informar que elevará os preços da celulose em 20 dólares a tonelada a partir de primeiro de janeiro.

No embalo, Suzano subia XX por cento. Petrobras chegou a abrir em alta, mas perdeu fôlego, em nova sessão de queda do petróleo no mercado externo. As ações preferenciais caíam 1,1 por cento e as ordinárias cediam 0,5 por cento.

Em nota a clientes, o HSBC citou que a estatal se beneficia no curto prazo da queda da commodity, pois o combustível doméstico é negociado com prêmio sobre o preço internacional, mas o efeito positivo é ofuscado pelo preço de realização do petróleo inferior na divisão de Exploração e Produção.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava nesta terça-feira, com a queda dos papéis de bancos prevalecendo sobre o avanço de Vale , em meio à apreensão sobre potenciais medidas tributárias visando fechar as contas públicas.

Após abrir no azul, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 51.996 pontos, às 11h46. Na mínima, chegou a 51.986 pontos. O volume finaceiro do pregão somava 1,1 bilhão de reais.

Notícias de que a nova equipe econômica de Dilma Rousseff estaria considerando aumentar tributos para reequilibrar as contas públicas, combinadas com rumores de tributação de dividendos e fim dos juros sobre capital próprio, minaram os negócios na véspera a ainda azedavam o humor dos investidores.

Para o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, a possibilidade da volta de um tributo como a CPMF, somada à tributação dos dividendos e o fim dos juros sobre capital próprio trazem mais uma "âncora" para o ambiente empresarial com impacto direto na bolsa.

"Todo e qualquer arrocho tributário só será tolerado se vier acompanhado de forte contenção de gastos, caso contrario, assistiremos a debandada de investimentos tão caros à sustentação do crescimento econômico", disse em nota a clientes.

Essa preocupação pesava sobre os papéis de bancos, em razão da política de pagamento regular de dividendos no caso de Itaú , que caía 1,7 por cento; e de juros sobre capital próprio do Bradesco, que recuava 1,9 por cento. Ambos acumulam ganhos ao redor de 30 por cento em 2014. O movimento pressionava o Ibovespa, em razão da forte participação desses papéis na composição do índice.

À espera do que será feito do ponto de vista fiscal, o mercado aguarda atentamente a sessão do Congresso Nacional para análise do projeto que amplia os descontos da meta de superávit deste ano. A sessão está prevista para começar no fim da tarde.

Nesse contexto, a alta da Vale após o minério de ferro retomar o patamar de 70 dólares na China na véspera tinham efeito limitado. O minério também voltou a cair nesta sessão. A mineradora tem encontro com investidores em Nova York ao longo do dia.

As preferenciais da Vale subiam 1,56 por cento, enquanto os papéis ON ganhavam 1,85 por cento. Duas fontes também afirmaram à Reuters que a empresa considera listar parte de seu negócio global de metais básicos.

As ações da Fibria destacavam-se entre as altas do Ibovespa, com ganho de 1,5 por cento, após a empresa informar que elevará os preços da celulose em 20 dólares a tonelada a partir de primeiro de janeiro.

No embalo, Suzano subia XX por cento. Petrobras chegou a abrir em alta, mas perdeu fôlego, em nova sessão de queda do petróleo no mercado externo. As ações preferenciais caíam 1,1 por cento e as ordinárias cediam 0,5 por cento.

Em nota a clientes, o HSBC citou que a estatal se beneficia no curto prazo da queda da commodity, pois o combustível doméstico é negociado com prêmio sobre o preço internacional, mas o efeito positivo é ofuscado pelo preço de realização do petróleo inferior na divisão de Exploração e Produção.

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