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Após superar US$ 103, petróleo cai a US$ 97,28 em NY

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Após renovarem a máxima de dois anos e meio na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em baixa depois de autoridades afirmarem que os estoques atuais da commodity são suficientes para cobrir qualquer eventual interrupção no fornecimento. […]

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 17h20.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Após renovarem a máxima de dois anos e meio na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em baixa depois de autoridades afirmarem que os estoques atuais da commodity são suficientes para cobrir qualquer eventual interrupção no fornecimento.

"Hoje foi o primeiro dia em que alguém apareceu e disse que seria possível compensar eventuais problemas de fornecimento", disse Peter Donovan, vice-presidente e operador da Vantage Trading em Nova York. "No pregão eletrônico, as coisas são aceleradas. O preço começou a cair e os operadores resolveram vender."

O contrato do petróleo para abril negociado na Nymex caiu US$ 0,82, ou 0,84%, para US$ 97,28 por barril, mas chegou a ser negociado a US$ 103,41 durante a sessão, o maior nível desde o final de setembro de 2008. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para abril subiu 0,10%, ou US$ 0,11, para US$ 111,36 por barril.

Hoje a Arábia Saudita, a Casa Branca e a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmaram que há reservas suficientes para compensar qualquer queda na produção e no fornecimento de petróleo. A redução na oferta da commodity ficou no centro das atenções do mercado nos últimos dias por causa dos conflitos na Líbia, onde manifestantes contrários ao regime de Muamar Kadafi continuam sofrendo repressão violenta das forças de segurança.

Antes dos conflitos, a Líbia produzia aproximadamente 1,6 milhão de barris por dia de petróleo, mas cerca de 75% dessa produção foi suspensa, de acordo com Paolo Scarolini, executivo-chefe da italiana Eni, companhia estrangeira com a maior operação no país do norte da África.

A Arábia Saudita, maior exportadora mundial de petróleo, disse estar disposta a compensar qualquer escassez de petróleo provocada pelos problemas de produção da Líbia. Os sauditas possuem uma capacidade ociosa de produção de petróleo estimada em 4 milhões de barris por dia.

A Casa Branca disse que os EUA e a comunidade internacional possuem capacidade para agir em caso de uma grande interrupção no fornecimento do petróleo produzido na Líbia. Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) disse estar em contato com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e que o cartel se dispôs a aumentar a produção.

Alguns analistas estimam que os preços do petróleo podem superar a barreira dos US$ 150 por barril, atingida em 2008, se outros países no norte da África e do Oriente Médio enfrentarem tensões semelhantes às da Líbia. O Nomura prevê o petróleo a US$ 220 por barril se houver uma interrupção simultânea e integral da produção da Líbia e da Argélia. As informações são da Dow Jones.

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