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Após os 110 mil pontos, até aonde vai o otimismo de dezembro na bolsa?

Índice Ibovespa voltou a bater recorde nominal ontem, influenciado por boas notícias do PIB e boas perspectivas para a economia brasileira em 2020

Gestores: liberação do FGTS, inflação no Brasil e emprego nos EUA são os temas do dia (Germano Lüders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 07h02.

Última atualização em 6 de dezembro de 2019 às 07h39.

A primeira semana de dezembro chega ao fim com uma renovada onda de otimismo para o fim do ano e para dezembro na economia brasileira. Um otimismo que, claro, deve ser calibrado: o país deve crescer apenas 1% este ano, ante expectativa inicial de avanço de 2,5% no início do ano. Mas, após trimestres de más notícias, o otimismo voltou a aparecer entre investidores, analistas e agentes públicos. Desta vez é pra valer?

O mercado financeiro acredita que sim. A bolsa fechou ontem em alta de 0,2% e voltou a bater o recorde nominal, com 110.622 pontos depois de ter chegado a 111.072 pontos durante a tarde. Além do momento brasileiro, pesou um possível acordo comercial entre China e Estados Unidos — dia 15 de dezembro novas tarifas americanas sobre 160 bilhões de dólares em produtos chineses devem entrar em vigor.

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Nesta sexta-feira, a Caixa libera uma nova etapa de saque do FGTS , para 9,1 milhões de trabalhadores nascidos em setembro e outubro. Cada um deles poderá sacar até 500 reais, valor que pode ajudar a reduzir a inadimplência e a turbinar o consumo, uma das esperanças para a retomada econômica em 2020. Ela vai depender, claro, de um avanço mais consistente no poder de compra, sem depender de recursos esporádicos como a liberação de saques.

Ainda assim, há uma leva de indicadores promissores. O sindicato da construção civil de São Paulo divulgou ontem que, depois de encolher 30% entre 2014 e 2018, o setor deve crescer 2% em 2019, puxado pelas reformas.

No início da semana foi divulgado o dado do PIB do terceiro trimestre, mostrando avanço de 0,6%, ante previsão de até 0,5%, o que levou os economistas de volta às calculadores. A expectativa, agora, é de avanço de até 1,2% em 2019. Para 2019, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, prevê avanço entre 2,3% e 2,5% , cálculo que leva em conta uma leva de investimentos previstos por empresas.

Nesta sexta-feira, as bolsas podem ser influenciadas por dados de inflação no Brasil e do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Os dois indicadores devem mostrar a força da economia local e impactar as decisões de juros tanto aqui quanto lá, na semana que vem. O cenário é positivo, mas imprevistos podem surgir todos os dias.

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