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Após forte queda, analistas recomendam compra de ação da JBS

Entre 16 analistas consultados pela Bloomberg, 13 avaliaram que é o momento de comprar ações da empresa na Bolsa

JBS: ações da empresa já perderam um quarto do valor desde novembro, quando o TCU apontou indícios de 'tratamento especial' pelo BNDES (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2016 às 19h28.

A JBS ficou barata demais para ser ignorada. Esta é a opinião de pelo menos cinco dos analistas que monitoram a empresa, depois que as ações da maior produtora mundial de carnes mergulharam para o menor patamar desde 2014 no fim de janeiro.

Os papeis da JBS perderam cerca de um quarto do valor desde o fim de novembro, quando o Tribunal de Contas da União afirmou ter encontrado indícios de que a empresa recebeu “tratamento especial” em injeções de capital do BNDES .

No dia 27 de janeiro, as ações sofreram a maior queda em sete anos após o Ministério Público acusar Joesley Batista, proprietário e presidente do conselho, de crimes contra o sistema financeiro. Em comunicado ao mercado, a JBS e a holding J&F Investimentos negaram qualquer irregularidade.

Embora projetem mais volatilidade à frente, pelo menos cinco dos 16 analistas que têm recomendações sobre a ação disseram que a queda dos últimos meses criou uma oportunidade de compra em meio à perspectiva de resultados fortes em 2016.

Analistas avaliam ainda que eventuais penalidades decorrentes das investigações teriam impacto limitado sobre as contas da companhia.

As ações da JBS subiram 23 por cento apenas duas semanas depois de atingirem o patamar mais baixo desde julho de 2014. Treze analistas têm recomendações de compra para a ação, dois recomendam a manutenção e apenas um diz que esse é o momento de vender.

“Parece que a JBS ficou barata demais para ser ignorada”, afirmou Viccenzo Paternostro, analista do Credit Suisse, em um relatório publicado na semana passada.

O analista prevê que o lucro da JBS antes de juros, impostos, depreciação e amortização deve crescer cerca de 20 por cento neste ano e atingir a marca recorde de R$ 17,3 bilhões, o que implicaria em um valor justo de aproximadamente R$ 23 por ação. Isso é mais do que o dobro do preço pelo qual a JBS está sendo negociada atualmente – a ação era negociada a R$ 10,09 às 13h38, em São Paulo.

Com a queda das ações, o valor da JBS caiu para apenas 3,85 vezes seu Ebitda estimado para 2016, uma mínima histórica, diante de 5,9 vezes em novembro. Em comparação, a americana Tyson Foods vale 8,9 vezes seu Ebitda, enquanto as concorrentes locais Minerva e Marfrig valem pelo menos 5 vezes.

“Os temores com relação à governança corporativa podem continuar trazendo volatilidade”, disseram os analistas da Votorantim Corretora, André Parize e Paulo Prado em um relatório na semana passada. “Contudo, os múltiplos atuais são muito atraentes, e os fundamentos continuam sólidos”.

Joesley Batista foi uma das nove pessoas acusadas pelo Ministério Público de São Paulo de irregularidades envolvendo a concessão de empréstimos entre empresas relacionadas em 2011. A holding da família que controla a JBS, a J&F Investimentos, afirmou em comunicado enviado por e-mail à época que os executivos da empresa “sentem-se confiantes e preparados para, quando intimados, apresentar defesa provando sua inocência e a regularidade das operações financeiras”.

A assessoria de imprensa da JBS não quis fazer comentários adicionais sobre as investigações nem sobre os preços das ações quando foi procurada pela Bloomberg News, assim como um assessor de imprensa da J&F e de Batista.

A investigação gera riscos à reputação e à imagem, mas “qualquer impacto financeiro sobre a JBS provavelmente será mínimo”, afirmou Catarina Pedrosa, analista da Haitong Research, em São Paulo, em relatório publicado em 28 de janeiro. “Continuamos achando que a JBS é uma empresa sólida com um balanço saudável”.

A JBS afirmou em outro fato relevante que todas as transações com o BNDES foram legais e em conformidade com as regras do mercado e do Banco Central e que a empresa não faz parte da investigação do Ministério Público envolvendo Joesley Batista. A JBS também declarou estar confiante de que a investigação seria resolvida sem causar nenhum dano à empresa.

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A JBS ficou barata demais para ser ignorada. Esta é a opinião de pelo menos cinco dos analistas que monitoram a empresa, depois que as ações da maior produtora mundial de carnes mergulharam para o menor patamar desde 2014 no fim de janeiro.

Os papeis da JBS perderam cerca de um quarto do valor desde o fim de novembro, quando o Tribunal de Contas da União afirmou ter encontrado indícios de que a empresa recebeu “tratamento especial” em injeções de capital do BNDES .

No dia 27 de janeiro, as ações sofreram a maior queda em sete anos após o Ministério Público acusar Joesley Batista, proprietário e presidente do conselho, de crimes contra o sistema financeiro. Em comunicado ao mercado, a JBS e a holding J&F Investimentos negaram qualquer irregularidade.

Embora projetem mais volatilidade à frente, pelo menos cinco dos 16 analistas que têm recomendações sobre a ação disseram que a queda dos últimos meses criou uma oportunidade de compra em meio à perspectiva de resultados fortes em 2016.

Analistas avaliam ainda que eventuais penalidades decorrentes das investigações teriam impacto limitado sobre as contas da companhia.

As ações da JBS subiram 23 por cento apenas duas semanas depois de atingirem o patamar mais baixo desde julho de 2014. Treze analistas têm recomendações de compra para a ação, dois recomendam a manutenção e apenas um diz que esse é o momento de vender.

“Parece que a JBS ficou barata demais para ser ignorada”, afirmou Viccenzo Paternostro, analista do Credit Suisse, em um relatório publicado na semana passada.

O analista prevê que o lucro da JBS antes de juros, impostos, depreciação e amortização deve crescer cerca de 20 por cento neste ano e atingir a marca recorde de R$ 17,3 bilhões, o que implicaria em um valor justo de aproximadamente R$ 23 por ação. Isso é mais do que o dobro do preço pelo qual a JBS está sendo negociada atualmente – a ação era negociada a R$ 10,09 às 13h38, em São Paulo.

Com a queda das ações, o valor da JBS caiu para apenas 3,85 vezes seu Ebitda estimado para 2016, uma mínima histórica, diante de 5,9 vezes em novembro. Em comparação, a americana Tyson Foods vale 8,9 vezes seu Ebitda, enquanto as concorrentes locais Minerva e Marfrig valem pelo menos 5 vezes.

“Os temores com relação à governança corporativa podem continuar trazendo volatilidade”, disseram os analistas da Votorantim Corretora, André Parize e Paulo Prado em um relatório na semana passada. “Contudo, os múltiplos atuais são muito atraentes, e os fundamentos continuam sólidos”.

Joesley Batista foi uma das nove pessoas acusadas pelo Ministério Público de São Paulo de irregularidades envolvendo a concessão de empréstimos entre empresas relacionadas em 2011. A holding da família que controla a JBS, a J&F Investimentos, afirmou em comunicado enviado por e-mail à época que os executivos da empresa “sentem-se confiantes e preparados para, quando intimados, apresentar defesa provando sua inocência e a regularidade das operações financeiras”.

A assessoria de imprensa da JBS não quis fazer comentários adicionais sobre as investigações nem sobre os preços das ações quando foi procurada pela Bloomberg News, assim como um assessor de imprensa da J&F e de Batista.

A investigação gera riscos à reputação e à imagem, mas “qualquer impacto financeiro sobre a JBS provavelmente será mínimo”, afirmou Catarina Pedrosa, analista da Haitong Research, em São Paulo, em relatório publicado em 28 de janeiro. “Continuamos achando que a JBS é uma empresa sólida com um balanço saudável”.

A JBS afirmou em outro fato relevante que todas as transações com o BNDES foram legais e em conformidade com as regras do mercado e do Banco Central e que a empresa não faz parte da investigação do Ministério Público envolvendo Joesley Batista. A JBS também declarou estar confiante de que a investigação seria resolvida sem causar nenhum dano à empresa.

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