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Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2010 às 06h30.
Por AE
São Paulo - Com o início das negociações das novas ações da Petrobras nesta semana, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tende a entrar em trajetória de alta e deve fechar o ano com rentabilidade melhor que a esperada, segundo especialistas no mercado acionário. O motivo para a afirmação é simples: o índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da Bolsa e formado com base na cotação de papéis de diversas empresas, é fortemente impactado pelos movimentos da Petrobras - que, ao lado da Vale, tem papéis com maior peso na formação do índice. Isso quer dizer que, se a capitalização da Petrobras gerar a reação projetada pelos especialistas, o Ibovespa também terá uma reação positiva.
"O que segurou o Ibovespa neste ano foi justamente a capitalização da Petrobras, que demorou a sair", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. "A capitalização foi fundamental para a Bolsa. Agora, as perspectivas do mercado acionário brasileiro são muito positivas", completa Celso Grisi, professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
Até o início do mês, antes da publicação do prospecto que dá início à capitalização, os papéis da Petrobras somavam quase 30% de queda no ano. O Ibovespa seguia o mesmo nível de recuo. Ricardo Almeida, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec São Paulo), afirma que daqui em diante a Petrobras vai apresentar rentabilidade normal ou até um pouco maior.
Almeida explica que, tecnicamente, "rentabilidade normal" quer dizer ganhos de 5,7% ao ano acima da média da renda fixa. Entre os analistas consultados, George Sander, estrategista de Renda Variável da Infinity Asset Management, é o menos otimista em relação ao desempenho da Petrobras e da Bolsa. "O mercado vai se arrastar por um tempo", avalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.