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Dólar passa a subir e chega a R$ 3,98 após breve alívio

Moeda americana abriu em baixa, mas cautela voltou a assombrar os mercados globais

dólar (Marcos Brindicci/Reuters)
TL

Tais Laporta

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 13h03.

Última atualização em 6 de agosto de 2019 às 14h00.

Após abrir em baixa, o dólar mudou de direção e passou a subir ante o real nesta terça-feira, chegando a alcançar 3,98 reais, conforme investidores seguiam buscando proteção ao clima de aversão ao risco que varreu os mercados internacionais na véspera e que ainda mantém ativos em xeque nesta sessão.

Mais cedo, a cotação chegou a cair, mas depois das 11h firmou a tendência alta, à medida que os mercados externos também pioravam o sinal. Às 13:00, o dólar comercial avançava 0,51%, cotado a 3,9776 reais.

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Na máxima do dia, foi a 3,9871 reais, enquanto na mínima caiu a 3,9368 reais, depois de fechar a segunda-feira em 3,9572 reais, em alta de 1,69%, a mais forte desde 27 de março (+2,27%).

No mercado futuro, o dólar rondava a estabilidade, a 3,9860 reais. Esse descasamento ocorre por causa dos diferentes horários de encerramento dos negócios em ambos os mercados. As operações no mercado spot terminam às 17h (de Brasília), enquanto no mercado futuro da B3 vão até as 18h.

Às 17h da véspera, com o mercado à vista encerrando as negociações, o dólar futuro tomou fôlego e saltou de 3,9645 reais para 3,9870 reais, fechando na máxima do dia.

O receio em torno da guerra comercial EUA-China segue dando o tom nos mercados. Mas, internamente, investidores acompanham a retomada dos trabalhos no Congresso, mais notadamente a votação da reforma da Previdência em segundo turno, que pode começar já nesta terça-feira.

As tratativas já começaram na segunda-feira, em encontros do presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e Senado, Davi Alcolumbre, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, além de uma reunião de Maia com líderes.

Agentes financeiros avaliam que desdobramentos positivos ligados à Previdência nos próximos dias podem ajudar a valorizar o real, mas a cena externa ainda segue fazendo grande pressão no câmbio.

Nesta terça-feira, o Banco Central vendeu todos os 11 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento outubro.

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