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Apesar de BC, dólar fecha em leve queda por fluxo e Copom

A cotação oscilou entre 1,8108 e 1,7885 real

Dólar superava 1,80 real pela primeira vez em um mês (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 18h08.

São Paulo - O dólar fechou em queda frente ao real nesta quinta-feira, reagindo a fluxos de recursos e resistindo à volta das intervenções do Banco Central, que apenas nesta sessão realizou dois leilões de compra de moeda no mercado à vista.

Segundo operadores, as perspectivas de que a Selic, taxa básica de juros, não caia tanto quanto o estimado e o quadro externo positivo também ajudaram a puxar o dólar para baixo nesta sessão.

Mesmo com a queda, a divisa norte-americana sustentou-se acima do nível de 1,80 real, encerrando a 1,8038 real na venda, um recuo de 0,18 por cento. A cotação oscilou entre 1,8108 e 1,7885 real. "Acho que hoje foi uma combinação de fluxo e dólar testando o patamar de 1,80 real para baixo.

Essas duas coisas combinadas chamaram o BC de volta ao mercado", disse o consultor financeiro da PreviBank Jorge Lima. O BC realizou um primeiro leilão de compra de dólar no mercado à vista pouco após as 12h, com taxa de corte de 1,8057 real.

A moeda norte-americana, que estava em queda, chegou a subir, mas logo retomou a trajetória de baixa. Às 15h33, a autoridade monetária voltou ao mercado e fez o segundo leilão do dia, definindo como corte a taxa de 1,8046 real. O BC não atuava no mercado desde 5 de março.


No período, o governo intensificou as ações contra a chamada "guerra cambial", com a aplicação da alíquota de 6 por cento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os financiamentos externos de até cinco anos, de modo a evitar uma valorização excessiva do real para não prejudicar ainda mais a indústria brasileira. Nesta manhã, o dólar chegou a cair mais de 1 por cento.

Operadores atribuíram o movimento a expectativas de que o atual ciclo de afrouxamento monetário não seja tão intenso, o que tende a manter elevada a rentabilidade de operações de arbitragem e, assim, estimular mais entradas de recursos. Nesta quinta-feira, o BC divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), indicando que pretende levar o juro básico para níveis "ligeiramente acima dos mínimos históricos", de 8,75 por cento ao ano.

O quadro externo melhor também favoreceu a depreciação dólar. Dados mostraram nesta quinta-feira que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram na semana passada, voltando ao menor nível em quatro anos e referendando visões de que o mercado de trabalho da maior economia do mundo está ganhando mais força.

O dólar caía 0,4 por cento ante uma cesta de divisas no final da tarde. O euro e moedas de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano, por outro lado, valorizavam-se. Do lado acionário, o índice Standard and Poor's 500 da Bolsa de Nova York fechou acima dos 1.400 pontos pela primeira vez desde 2008.

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São Paulo - O dólar fechou em queda frente ao real nesta quinta-feira, reagindo a fluxos de recursos e resistindo à volta das intervenções do Banco Central, que apenas nesta sessão realizou dois leilões de compra de moeda no mercado à vista.

Segundo operadores, as perspectivas de que a Selic, taxa básica de juros, não caia tanto quanto o estimado e o quadro externo positivo também ajudaram a puxar o dólar para baixo nesta sessão.

Mesmo com a queda, a divisa norte-americana sustentou-se acima do nível de 1,80 real, encerrando a 1,8038 real na venda, um recuo de 0,18 por cento. A cotação oscilou entre 1,8108 e 1,7885 real. "Acho que hoje foi uma combinação de fluxo e dólar testando o patamar de 1,80 real para baixo.

Essas duas coisas combinadas chamaram o BC de volta ao mercado", disse o consultor financeiro da PreviBank Jorge Lima. O BC realizou um primeiro leilão de compra de dólar no mercado à vista pouco após as 12h, com taxa de corte de 1,8057 real.

A moeda norte-americana, que estava em queda, chegou a subir, mas logo retomou a trajetória de baixa. Às 15h33, a autoridade monetária voltou ao mercado e fez o segundo leilão do dia, definindo como corte a taxa de 1,8046 real. O BC não atuava no mercado desde 5 de março.


No período, o governo intensificou as ações contra a chamada "guerra cambial", com a aplicação da alíquota de 6 por cento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os financiamentos externos de até cinco anos, de modo a evitar uma valorização excessiva do real para não prejudicar ainda mais a indústria brasileira. Nesta manhã, o dólar chegou a cair mais de 1 por cento.

Operadores atribuíram o movimento a expectativas de que o atual ciclo de afrouxamento monetário não seja tão intenso, o que tende a manter elevada a rentabilidade de operações de arbitragem e, assim, estimular mais entradas de recursos. Nesta quinta-feira, o BC divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), indicando que pretende levar o juro básico para níveis "ligeiramente acima dos mínimos históricos", de 8,75 por cento ao ano.

O quadro externo melhor também favoreceu a depreciação dólar. Dados mostraram nesta quinta-feira que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram na semana passada, voltando ao menor nível em quatro anos e referendando visões de que o mercado de trabalho da maior economia do mundo está ganhando mais força.

O dólar caía 0,4 por cento ante uma cesta de divisas no final da tarde. O euro e moedas de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano, por outro lado, valorizavam-se. Do lado acionário, o índice Standard and Poor's 500 da Bolsa de Nova York fechou acima dos 1.400 pontos pela primeira vez desde 2008.

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