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“Apertem os cintos. Será uma semana volátil”, avisa Pimco

El-Erian vê uma reação tensa na abertura dos mercados americanos nesta terça-feira

Mohamed A. El-Erian é CEO da Pimco (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2011 às 18h52.

São Paulo – A semana começou tensa para os mercados financeiros e deve continuar assim nos próximos dias, avalia Mohamed El-Erian. “Está se moldando um retorno difícil para os mercados americanos após o feriado do Dia do Trabalho com a forte queda das ações europeias e com a perda de parte do controle que o Banco Central Europeu (BCE) tem exercido sobre o mercado de títulos soberanos da Zona do Euro”, afirmou o CEO e co-chefe de investimentos da maior gestora de títulos de dívida do mundo.

Os investidores em todo o mundo refletem hoje a volta do medo de uma nova recessão global. Todas as principais bolsas caem forte nesta segunda-feira. Na Alemanha, o índice DAX 30 recuou 5,3%. Londres e Paris também apresentaram uma forte desvalorização. A chanceler alemã, Angela Merkel, sofreu uma importante derrota política no final de semana, o que levou o mercado a ficar preocupado com a situação fiscal dos países na área e, por conseguinte, com a saúde do sistema bancário. As ações do setor desabaram e caíram até 12%.

BCE e a crise

El-Erian disse em sua coluna publicada na CNBC que o BCE está perdendo a habilidade de influenciar o mercado de dívidas soberanas, principalmente as italianas. Ele explica que o banco estava obtendo sucesso em manter o título com vencimento de 10 anos a uma taxa de 5%, mas que hoje tocou o patamar de 5,5%. Ainda não é possível saber se o BCE “deixou” os juros subirem como uma forma de pressionar as autoridades italianas, ou se o banco está sendo vencido pela dinâmica do mercado, diz ele. “Mas de qualquer forma, os mercados europeus estão com problemas”, ressalta.

“Mais uma vez, os já frágeis mercados americanos serão influenciados pelo desenvolvimento do outro lado do Antlântico”, explica. El-Erian cita o bastante esperado discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agendado para esta quinta-feira. Obama irá falar ao Congresso e pode anunciar novas medidas para incentivar o emprego no país. O Departamento de Trabalho americano disse na sexta-feira que a economia não conseguiu criar postos de trabalho no mês de agosto. A taxa de desemprego estacionou em 9,1%.

“Apertem os cintos de segurança. Será uma semana acidentada e volátil com os mercados reféns dos desenvolvimentos políticos tanto na América quanto na Europa”, avisa.

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São Paulo – A semana começou tensa para os mercados financeiros e deve continuar assim nos próximos dias, avalia Mohamed El-Erian. “Está se moldando um retorno difícil para os mercados americanos após o feriado do Dia do Trabalho com a forte queda das ações europeias e com a perda de parte do controle que o Banco Central Europeu (BCE) tem exercido sobre o mercado de títulos soberanos da Zona do Euro”, afirmou o CEO e co-chefe de investimentos da maior gestora de títulos de dívida do mundo.

Os investidores em todo o mundo refletem hoje a volta do medo de uma nova recessão global. Todas as principais bolsas caem forte nesta segunda-feira. Na Alemanha, o índice DAX 30 recuou 5,3%. Londres e Paris também apresentaram uma forte desvalorização. A chanceler alemã, Angela Merkel, sofreu uma importante derrota política no final de semana, o que levou o mercado a ficar preocupado com a situação fiscal dos países na área e, por conseguinte, com a saúde do sistema bancário. As ações do setor desabaram e caíram até 12%.

BCE e a crise

El-Erian disse em sua coluna publicada na CNBC que o BCE está perdendo a habilidade de influenciar o mercado de dívidas soberanas, principalmente as italianas. Ele explica que o banco estava obtendo sucesso em manter o título com vencimento de 10 anos a uma taxa de 5%, mas que hoje tocou o patamar de 5,5%. Ainda não é possível saber se o BCE “deixou” os juros subirem como uma forma de pressionar as autoridades italianas, ou se o banco está sendo vencido pela dinâmica do mercado, diz ele. “Mas de qualquer forma, os mercados europeus estão com problemas”, ressalta.

“Mais uma vez, os já frágeis mercados americanos serão influenciados pelo desenvolvimento do outro lado do Antlântico”, explica. El-Erian cita o bastante esperado discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agendado para esta quinta-feira. Obama irá falar ao Congresso e pode anunciar novas medidas para incentivar o emprego no país. O Departamento de Trabalho americano disse na sexta-feira que a economia não conseguiu criar postos de trabalho no mês de agosto. A taxa de desemprego estacionou em 9,1%.

“Apertem os cintos de segurança. Será uma semana acidentada e volátil com os mercados reféns dos desenvolvimentos políticos tanto na América quanto na Europa”, avisa.

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