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Analistas vêem ofertas de ações ganhando força ainda em 2016

Um fluxo saudável de emissões primárias e secundárias de ações está crescendo em meio a expectativas de que a economia brasileira caminha para uma recuperação

Ações: "Nós sentimos que um fluxo de transações já se formou porque tem uma quantidade de companhias que precisa refazer sua estrutura de capital" (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 14h41.

São Paulo - Um número crescente de empresas brasileiras deve acessar o mercado de capitais nos próximos meses para se financiar, na esteira de um alívio da turbulência política e de sinais de que a recessão mais severa em oito décadas está arrefecendo, afirmaram analistas nesta terça-feira.

Um fluxo saudável de emissões primárias e secundárias de ações está crescendo em meio a expectativas de que a economia brasileira caminha para uma recuperação, disseram analistas dos principais bancos de investimento e corretoras do país em um evento da Thomson Reuters em São Paulo.

Algumas dessas ofertas, que incluem ainda colocações privadas, poderiam eventualmente ajudar a refinanciar dívida e financiar a expansão futura numa fase posterior.

O apetite por novas ofertas pode ser sentido em todos os setores e ser estimulado pelos investidores estrangeiros que enfrentam uma baixos retornos nos mercados de países desenvolvidos, acrescentaram os analistas.

"Nós sentimos que um fluxo de transações já se formou porque tem uma quantidade de companhias que precisa refazer sua estrutura de capital", disse o chefe de pesquisa de ações para América Latina do JPMorgan, Pedro Martins.

Este ano tem sido um dos mais fracos para o mercado de capitais no Brasil em mais de uma década. Mas nas últimas semanas, três empresas entraram com pedido de permissão para vender ações, duas das quais são IPOs.

Na segunda-feira, a Centro de Imagem Diagnósticos pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que será coordenada por Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch e Santander Brasil.

De acordo com Marcos Assumpção, chefe de pesquisa de ações do Itaú BBA, as condições para uma recuperação mais sólida em ofertas estão gradualmente tomando forma, com a melhora nas políticas econômicas a empresas e um "compromisso de destinar mais investimento para impulsionar o crescimento futuro".

Tal ambiente, juntamente com crescentes fluxos de investimento em países emergentes, poderia apoiar a atividade de mercados de capital no Brasil.

"Achamos que essa tendência deve continuar. Com a recuperação da economia, pode ter mais atividade de mercado de capitais", reforçou Marcio Prado, analista do Goldman Sachs.

Em julho, a Energisa precificou uma oferta primária de ações perto do teto do intervalo proposto, enquanto o Carlyle e o investidor Guilherme Paulus levantaram 1,23 bilhão de reais com a venda parcial de suas fatias na agência de viagens CVC em agosto.

O último IPO no Brasil foi o da corretora de seguros FPC Par Corretora de Seguros em junho de 2015.

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São Paulo - Um número crescente de empresas brasileiras deve acessar o mercado de capitais nos próximos meses para se financiar, na esteira de um alívio da turbulência política e de sinais de que a recessão mais severa em oito décadas está arrefecendo, afirmaram analistas nesta terça-feira.

Um fluxo saudável de emissões primárias e secundárias de ações está crescendo em meio a expectativas de que a economia brasileira caminha para uma recuperação, disseram analistas dos principais bancos de investimento e corretoras do país em um evento da Thomson Reuters em São Paulo.

Algumas dessas ofertas, que incluem ainda colocações privadas, poderiam eventualmente ajudar a refinanciar dívida e financiar a expansão futura numa fase posterior.

O apetite por novas ofertas pode ser sentido em todos os setores e ser estimulado pelos investidores estrangeiros que enfrentam uma baixos retornos nos mercados de países desenvolvidos, acrescentaram os analistas.

"Nós sentimos que um fluxo de transações já se formou porque tem uma quantidade de companhias que precisa refazer sua estrutura de capital", disse o chefe de pesquisa de ações para América Latina do JPMorgan, Pedro Martins.

Este ano tem sido um dos mais fracos para o mercado de capitais no Brasil em mais de uma década. Mas nas últimas semanas, três empresas entraram com pedido de permissão para vender ações, duas das quais são IPOs.

Na segunda-feira, a Centro de Imagem Diagnósticos pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que será coordenada por Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch e Santander Brasil.

De acordo com Marcos Assumpção, chefe de pesquisa de ações do Itaú BBA, as condições para uma recuperação mais sólida em ofertas estão gradualmente tomando forma, com a melhora nas políticas econômicas a empresas e um "compromisso de destinar mais investimento para impulsionar o crescimento futuro".

Tal ambiente, juntamente com crescentes fluxos de investimento em países emergentes, poderia apoiar a atividade de mercados de capital no Brasil.

"Achamos que essa tendência deve continuar. Com a recuperação da economia, pode ter mais atividade de mercado de capitais", reforçou Marcio Prado, analista do Goldman Sachs.

Em julho, a Energisa precificou uma oferta primária de ações perto do teto do intervalo proposto, enquanto o Carlyle e o investidor Guilherme Paulus levantaram 1,23 bilhão de reais com a venda parcial de suas fatias na agência de viagens CVC em agosto.

O último IPO no Brasil foi o da corretora de seguros FPC Par Corretora de Seguros em junho de 2015.

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