Analistas da Vale buscam informações sobre impactos em Brumadinho
"O mais importante agora é saber o impacto para a vida e para a cidade. O aspecto financeiro é secundário", diz analista
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 15h46.
Última atualização em 25 de janeiro de 2019 às 16h02.
São Paulo - Os analistas especializados da Vale trabalham em busca de informações sobre o rompimento da barragem da empresa em Brumadinho (MG) . "O mais importante agora é saber o impacto para a vida e para a cidade.
O aspecto financeiro é secundário", diz o analista da XP Investimentos Karel Luketic. Ele fez contato com a área de Relações com Investidores (RI) da mineradora, que ainda apura e organiza as informações sobre o acidente para poder relatar.
Luketic acrescenta que é difícil estimar o impacto sobre a produção - "que tende a ser menor, mais manejável" - e mais ainda calcular os montantes com potenciais multas, acionamento de seguros.
O analista de um grande banco comenta que busca entender a dimensão do acidente e o volume de rejeitos - se são menores ou maiores - que os do rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG). Fundão tinha capacidade de estocar 55 milhões de metros cúbicos em rejeitos. Em novembro de 2015, a barragem se rompeu, provocando a morte de 19 pessoas e a destruição do distrito de Bento Rodrigues, próximo à represa. Os rejeitos alcançaram o litoral do Espírito Santo, afetando a flora e a fauna. Segundo informações do Ibama, a barragem em Brumadinho tem volume de 1 milhão de metros cúbicos de rejeito de mineração.
Às 15h02, o ADR da Vale caía 11,3% na Bolsa de Nova York. Como a B3 está fechada nesta sexta-feira, 25, por conta do feriado municipal em São Paulo, os efeitos sobre os preços das ações da mineradora serão vistos apenas na segunda-feira.