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Além do Magalu: conheça as ações que subiram mais de 1.000% na década

Catarinense Weg se valorizou 1.230% em dez anos e lidera o ranking, que tem empresas de energia dominando o top 10; Magalu só estreou em 2011

Investimento que se pagou: quem comprou ações da Weg e de outras 17 empresas há dez anos colheu rentabilidade de 300% ou mais (Germano Lüders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 07h08.

A década chega ao fim na bolsa brasileira, a B3, comprovando a máxima de que a renda variável e os juros compostos são alguns dos melhores caminhos para quem deseja multiplicar o patrimônio no longo prazo. Quem investiu 5.000 reais em ações da Weg (WEGE3) no fim de dezembro de 2010 teria atualmente 66.542 reais.

A valorização nominal de 1.231% -- até o fechamento da segunda-feira, 21 -- faz a empresa catarinense de equipamentos industriais encabeçar a lista das ações que mais subiram e que já estavam em negociação há dez anos, segundo cálculos da consultoria Economatica.

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É esse critério de prazo que exclui do ranking o caso mais emblemático de valorização de uma empresa na bolsa brasileira, a do Magazine Luiza (MGLU3) . A gigante de varejo e, cada vez mais, de tecnologia, estreou na B3 em maio de 2011. A ação subiu 5.318% desde então.

Mas, com a comparação dos dez anos, destacaram-se empresas que não figuram entre as maiores em valor de mercado nem são as mais conhecidas do público não especializado. Em vez de Vale, Petrobras, Itaú Unibanco e Ambev, as empresas de energia elétrica Equatorial (EQTL3) e Taesa (TAEE11) tiveram, respectivamente, a segunda e a terceira maior valorização da década, com 1.200% e 1.017% de alta.

A Equatorial é uma holding de energia com atuação em geração, transmissão e distribuição em quatro estados: Alagoas, Maranhão, Pará e Piauí. A Taesa, por sua vez, é uma das maiores companhias do país em transmissão do país, com atuação nas cinco regiões.

Veja abaixo o ranking com as 20 ações que mais subiram na década:

  1. Weg (WEGE3): +1.231%
  2. Equatorial (EQTL3): +1.200%
  3. Taesa (TAEE11): +1.017%
  4. Sanepar (SAPR4): +1.015%
  5. Localiza (RENT3): +976%
  6. RaiaDrogasil (RADL3): +856%
  7. Alpargatas (ALPA4): +786%
  8. Energisa (ENGI11): +658%
  9. B3 (B3SA3): +592%
  10. Eztec (EZTC3): +584%
  11. Klabin (KLBL4): +546%
  12. Lojas Renner (LREN3): +479%
  13. Yduqs (YDUQ3): +412%
  14. Grendene (GRND3): +347%
  15. SulAmérica (SULA11): +345%
  16. Cosan (CSAN3): +313%
  17. Transmissão Paulista (TRPL4): +305%
  18. Sabesp (SBSP3): +300%
  19. Santander Brasil (SANB11): +284%
  20. São Martinho (SMTO3): +275%

Os resultados consistentes de tantas empresas atestam que estudar, comprar e carregar determinadas ações é uma decisão de investimento que se mostra acertada: 18 ações tiveram rentabilidade acumulada igual ou superior a 300% na década, o que significa que o investidor que carregou a ação conseguiu quadruplicar o seu patrimônio no período. Se aplicou 5.000 reais no início da década, conseguiu chegar aos 20.000 reais agora.

Para efeito de comparação, o ativo com maior rendimento no mesmo período foi o ouro, com alta de 256,73%. Quem investiu 5.000 reais em 2010 estaria hoje com 17.836,50 reais.

O CDI (índice de referência da renda fixa), por sua vez, rendeu 139%, resultado muito aquém do obtido por esses papéis. E o próprio Ibovespa teve um resultado bem abaixo do apresentado pelas ações que mais subiram: a alta foi de apenas 73,61% no período.

A explicação se deve ao fraco desempenho da bolsa na primeira metade da década, em meio à perda de confiança de investidores na economia e ao baixo crescimento econômico que antecedeu a recessão de 2015 e 2016.

 

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