Sascar cancela IPO; relembre outras empresas que desistiram
Empresa de rastreamento de veículos não está sozinha na mudança de planos
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 15h36.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h25.
São Paulo – A Sascar comunicou ontem ao mercado que desistiu de sua oferta inicial de ações ( IPO , na sigla em inglês). A empresa de rastreamento de veículos controlada pela GP Investments não foi a única empresa a voltar atrás e repensar seus planos de entrar no mercado de ações em 2013. Entre os motivos para os cancelamentos, destaca-se o cenário macroeconômico. Em 2013, por enquanto, nove empresas estrearam na Bovespa .
A empresa comunicou ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que desistiu de sua oferta inicial de ações. Fontes afirmaram que o preço que o mercado estava disposto a pagar pelos papéis não era condizente com o que a companhia queria com a operação – a empresa não comentou. A Sascar havia pedido registro para o IPO no fim de agosto. A operação destinava-se, principalmente, a engordar o caixa para financiar o plano de aquisições da companhia.
Em agosto, a empresa desistiu de seu IPO sob a alegação de que as condições macroeconômicas eram desfavoráveis. Em setembro, em um cenário de alta nos custos do setor aéreo, a Azul havia afirmado que não via urgência no IPO e estava se viabilizando sem a oferta pública de ações. No mês seguinte, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cancelou o pedido da Azul de registro de companhia aberta. Com o IPO, a Azul pretendia expandir seus negócios.
A Votorantim Cimentos também alegou a “deterioração das condições do mercado” para afastar seu IPO em agosto. A oferta distribuiria 400 milhões de units, podendo ser aumentada em 15% (lote suplementar) e outros 20% (lote adicional), totalizando 540 milhões de papéis. A faixa de preço sugerida por unit era de 16,00 reais a 19,00 reais. No teto dessa faixa, e incluindo os lotes extras, poderia alcançar 10,26 bilhões de reais.
Após 16 dias do começo de 2013, a Nova Cedae, empresa estatal de saneamento do Rio de Janeiro, desistiu de realizar sua oferta inicial de ações. Na época, comentou-se que as condições de mercado e as incertezas sobre setores regulados como o de saneamento teriam motivado a desistência.
Também em janeiro, a Vix Logística havia anunciou que desistiu de realizar seu IPO, planejado para ocorrer em abril. A oferta pública inicial de ações era estimada em torno de 600 milhões de reais. O motivo para o cancelamento? Novamente as tais "momentâneas condições desfavoráveis do mercado de capitais nacional e internacional".
Fora da Bovespa, em fevereiro, a Queiroz Galvão Óleo e Gás Constellation (QGOG) resolveu adiar uma oferta pública de ações nos Estados Unidos. O motivo teria sido a demanda baixa pelos papéis, segundo fontes.A operação era estimada em 550 milhões de dólares e as ações da empresa seriam negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O objetivo inicial era vender 27,5 milhões de ações a um preço por papel no intervalo de 19 dólares a 21 dólares. O comentário no mercado na época era que havia demanda para ações a uma faixa menor que isso e os bancos de investimento optaram por não reduzir a faixa de preços e adiar a operação.
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