Mercados

Ágora derruba preço-alvo da Gol, mas projeta alta de 125% aos papéis

Menor entusiasmo reflete a revisão das estimativas anunciada pela companhia; ações caem 52% no ano

Em 2011, as ações preferenciais da Gol amargam desvalorização de 52% (Divulgacao/EXAME)

Em 2011, as ações preferenciais da Gol amargam desvalorização de 52% (Divulgacao/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 15h28.

São Paulo – A corretora Ágora reduziu nesta segunda-feira (1) em 27% a estimativa de preço-alvo às ações preferenciais da Gol (GOLL4). A projeção para dezembro de 2011 passou de 37 para 27 reais por ação. O novo patamar representa um potencial de valorização de 125%. A redução reflete a revisão das estimativas para este ano que foi anunciada pela Gol na semana passada. A recomendação continua em compra.

A empresa diminuiu a sua projeção para a margem operacional em 2011 de uma faixa de 6,5% e 10% para 1% e 4%. Somente na última sexta-feira, a ação da Gol despencou 21,6% na bolsa, o equivalente a 400 milhões de reais em valor de mercado. “Estamos assumindo premissas de um cenário mais competitivo à empresa, com alta de certos custos operacionais, como combustível, treinamento de pessoal e outras despesas não recorrentes”, explica o analista Marcos Mattos. 

De acordo com o relatório da Ágora, a projeção à receita líquida da companhia em 2011 caiu em 7,5%, de 7,8 para 7,2 bilhões de reais. “Esperamos que a empresa apresente melhores números a partir de 2012, assumindo um cenário menos competitivo e um crescimento médio anual acima do aumento dos custos e despesas”, diz o analista. 

Embora a Gol tenha elevado sua previsão de crescimento da demanda doméstica de 10% a 15% para 12% a 18%, a expansão na oferta de assentos no mercado cresceu 14,4% no primeiro semestre do ano. Com este cenário, Mattos projeta que o yield (rendimento) médio anual deve ficar entre 0,18 e 0,19 real, ante 0,19 e 0,21 reais projetados anteriormente.

Em 2011, as ações preferenciais da Gol amargam desvalorização de 52%. Nos últimos 30 dias a que da chega a 38%.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAnálises fundamentalistasAviaçãocompanhias-aereasEmpresasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasMercado financeiroServiçosSetor de transporte

Mais de Mercados

"Melhor oportunidade em dez anos": as apostas de André Lion, da Ibiúna, diante de uma bolsa em queda

‘Descolado’ e bom demais para ignorar: BB começa a cobrir Nubank com recomendação de compra

Investimentos em energia terão que dobrar até o fim da próxima década, projeta BlackRock

“Nova revolução”: como os maiores bancos do Brasil estão se preparando para lidar com a IA

Mais na Exame