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Ações precisariam cair mais para precificar uma recessão nos EUA

Os investidores dizem que estão se preparando para mais dor à frente, depois de um dos piores semestres em décadas

Economia americana: a inflação persistente reforça as probabilidades de que o Fed aumente juros em 0,75 ponto percentual no final deste mês (Brendan McDermid/Reuters)
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Bloomberg

Publicado em 13 de julho de 2022 às 16h36.

Última atualização em 13 de julho de 2022 às 16h42.

Os investidores do mercado de renda variável americano ainda apostam que a economia dos Estados Unidos evitará uma recessão, mesmo com o aperto monetário agressivo do Federal Reserve e outros bancos centrais para controlar a inflação mais aquecida em décadas.

O índice S&P 500 caiu até 1,6% na quarta-feira após a divulgação de umsalto nos preços ao consumidor nos EUA em junho, mas depois apagou as perdas e era negociado acima de 3,8 mil pontos.

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No ano, o índice registra queda de cerca de 20%. Mas para chegar a um nível que precificaria uma contração econômica nos EUA, precisaria cair mais de 5% do atual patamar, para 3.586 pontos, segundo a Bloomberg Intelligence.

Os investidores dizem que estão se preparando para mais dor à frente, depois de um dos piores semestres em décadas. A inflação persistentereforça as probabilidadesde que o Fed aumente juros em 0,75 ponto percentual no final deste mês e novamente em setembro, o que alguns estrategistas temem que possa interromper a expansão econômica do país.

A questão-chave para os investidores é “quão grande será a recessão, se ocorrer”, disse Scott Knapp, estrategista-chefe de mercado da Cuna Mutual Group, em nota. “Muitos sugeriram que provavelmente será curta e superficial devido à força do mercado de trabalho e dos consumidores. As probabilidades estão aumentando de que uma mais severa seja necessária para derrotar a inflação nesses níveis”.

Economistas do Bank of America se juntaram ao Investment Institute, Wells Fargo e Nomura na expectativa de uma recessão nos EUA já em 2022. O BofA prevê uma desaceleração “leve”, dizendo que os gastos com serviços estão diminuindo e a inflação alta está levando os consumidores a recuar.

Os investidores estão agora aguardando o início oficial da temporada de balanços do segundo trimestre na quinta-feira, quando o JPMorgan e outros grandes bancos começam a divulgar resultados, para ver se o crescimento dos lucros pode enfrentar a inflação e as restrições de oferta.

No segundo trimestre, espera-se que os lucros das empresas do S&P 500 subam apenas 3,5% em relação a um ano atrás, lideradas pelos setores de energia, indústrias e matérias-primas, enquanto os setores de finanças e consumo devem apresentar as maiores quedas, de acordo com estrategistas da Bernstein. Excluindo energia, os lucro do S&P 500 cairiam 5,3%, disse a gestora.

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