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Ações da Petrobras sofrem com "massacre" do mercado

Papéis sofrem com forte volatilidade pré-formação de preço da megaoferta de ações

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Imagem da campanha publicitária da Petrobras: reservas abertas até o dia 22 (.)

Imagem da campanha publicitária da Petrobras: reservas abertas até o dia 22 (.)

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Gustavo Kahil

Publicado em 16 de setembro de 2010, 10h35.

 São Paulo - Os papéis da Petrobras (PETR3); (PETR4) continuam a sofrer com o período que antecede a formação do preço a ser utilizado na megaoferta de ações da estatal e que será divulgado no próximo dia 23 de setembro. O período de reserva das ações da oferta começou no dia 13 de setembro e acaba no dia 22 do mesmo mês. Os novos papéis começam a ser negociados em bolsa no dia 27 de setembro.

Desde o anúncio do cronograma da oferta, os papéis preferenciais da estatal (os mais líquidos) já caíram cerca de 8%. Durante os pregões, os preços chegaram a oscilar entre a máxima de 29,29 reais e a mínima de 25,75 reais. O volume negociado e o número de negócios também está muito elevado. No dia 3 de setembro, o giro financeiro chegou a 1,32 bilhão de reais com 38.222 operações realizadas. Foi o maior número de transações com os papéis do ano.

Histórico das ações PETR4
Dia Variação (%) Preço (R$) Volume (R$ mi)
15/09 - 1,49 26,45 1.080
14/09 - 5,12 26,85 1.080
13/09 + 2,83 28,30 679,4
10/09 - 0,29 27,52 460,19
09/09 - 0,83 27,60 555,65
08/09 - 4,33 27,83 906,42
06/09 + 1,01 29,09 569,2
03/09 + 4,35 28,80 1.320

 

"Focado em Petrobras, o mercado acionário impõe um verdadeiro "massacre'", afirma o economista da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme, em relatório. O processo de coleta de preços (bookbuilding) também observará o preço de mercado no dia da definição do valor de cada papel na operação, ressalta. O economista lembra também que o preço será divulgado em dólares e convertido pelo Ptax do dia 23.

Desta forma, a taxa de câmbio entre o real e o dólar também poderá influenciar na decisão dos estrangeiros. "Um preço muito baixo da moeda americana poderá desincentivar os investidores estrangeiros", afirma Nehme. Com a pressão de recursos da oferta, a moeda americana desencadeou uma série de 10 quedas consecutivas que só foi quebrada nesta quarta-feira após fortes declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Vamos enxugar qualquer excesso de dólar que possa entrar com a operação da Petrobras. Vamos comprar tudo, já estou avisando", afirmou ele em entrevista. "O governo tem cacife suficiente para enfrentar qualquer eventual entrada de recursos com essa operação. Podemos bancar qualquer limite", indicou. Mantega disse, ainda, que existem outros instrumentos que poderão ser usados, mas afirmou que ainda não há uma definição a respeito.

A Petrobras irá vender 2,27 bilhões de novas ações ordinárias e 1,59 bilhão de novas ações preferenciais para financiar seu grande plano de investimentos de 224 bilhões de dólares. Há ainda lotes suplementar e adicional com mais 564 milhões de ações preferenciais e ordinárias. O valor total da operação fica estimado em torno de 128,3 bilhões de reais, ou 74,5 bilhões de dólares. 

Leia mais sobre a capitalização da Petrobras

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