Mercados

Ações europeias ampliam rali por fusões e aquisições e BCE

Ações foram impulsionadas por notícias sobre fusões e aquisições, especulações sobre mais estímulos do BCE e dados sobre o mercado de trabalho norte-americano


	Bolsa de Londres: papel da Lafarge saltou 8,9 por cento e a ação da Holcim subiu 6,9 por cento após as duas maiores produtoras de cimento do mundo informarem que estão negociando fusão
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: papel da Lafarge saltou 8,9 por cento e a ação da Holcim subiu 6,9 por cento após as duas maiores produtoras de cimento do mundo informarem que estão negociando fusão (Jason Alden/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 14h43.

Paris - As ações europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, impulsionadas por notícias sobre fusões e aquisições no setor de construção, especulações sobre mais estímulos do Banco Central Europeu (BCE) e dados sobre o mercado de trabalho norte-americano que sugeriram ritmo sólido de contratações pelo segundo mês consecutivo.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis do continente, fechou em alta de 0,56 por cento, a 1.352 pontos, maior nível em cinco anos e meio e nono avanço consecutivo.

O papel da Lafarge saltou 8,9 por cento e a ação da Holcim subiu 6,9 por cento após as duas maiores produtoras de cimento do mundo informarem que estão negociando fusão. A operação pode ser a maior da Europa no ano até agora, criando uma empresa com valor de mercado de mais de 50 bilhões de dólares.

"De um ponto de vista geográfico e industrial, a fusão seria significativa", disse Abdelkader Benchiha, analista da Natixis. "A Lafarge é forte na África e no Oriente Médio, onde a Holcim está quase ausente. Por outro lado, a Holcim tem forte presença na América Latina, onde a Lafarge não está estabelecida".

Ações espanholas e italianas também figuraram entre os maiores ganhos. O avanço acelerou na reta final do pregão, diante de notícias de que o Banco Central Europeu (BCE) teria modelado os efeitos econômicos da compra de 1 trilhão de euros (1,37 trilhão de dólares) em ativos como parte de programa de "quantitative easing".

As bolsas também foram impulsionadas pelo relatório de emprego dos EUA, que mostrou criação de 192 mil vagas no mês passado, ligeiramente abaixo da projeção de 200 mil, após ganhos de 197 mil em fevereiro. A taxa de desemprego permaneceu em 6,7 por cento.

Acompanhe tudo sobre:BCEEuropaFTSEMercado financeiro

Mais de Mercados

Berkshire Hathaway reduz participação na Apple em 25% no 3º trimestre

Seja Kamala ou Trump, a política fiscal dos EUA continuará expansionista, diz Gavekal

Dólar a R$ 5,87. O que explica a disparada da moeda nesta sexta-feira?

Fim de uma era? TGI Fridays prepara recuperação judicial nos EUA