Ações estrangeiras estreiam com baixa liquidez na BM&FBovespa
Papéis das dez blue chips foram negociadas apenas 54 vezes, girando um volume de R$2,87 milhões
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2010 às 18h59.
São Paulo - A estreia das blue chips estrangeiras na BM&FBovespa foi marcada pela baixa liquidez. Os dez papéis foram negociados apenas 54 vezes, girando um volume de R$2,87 milhões. A ação mais negociada foi a da Apple, com 10 operações. Depois, aparecem os papéis da Avon (7) e do Goldman Sachs (7). O maior volume financeiro ficou com as ações do Bank of America (R$ 1,22 mi).
Os outros papéis negociados são das empresas Google, Arcelor Mittal, BHP Billiton, Wal Mart, Exxon Mobil, Mc Donald's e Pfizer. As ações fazem parte do primeiro lote de ações estrangeiras oferecidas para os investidores brasileiros. O Deutsche Bank é a instituição financeira responsável pela emissão desses recibos. As negociações acontecem no mercado de balcão organizado do segmento Bovespa.
Um novo lote de dez ações deverá ser colocado em breve pelo Citigroup. A intenção da bolsa é a de chegar a até 80 papéis em negociação até o final do ano que vem. Por serem BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não-patrocinados, ou seja, certificados dos papéis que negociam nos EUA, essas empresas não tem o capital aberto no país e, portanto, não respondem às regras do regulador brasileiro do mercado de capitais.
Os BDRs ainda não estarão disponíveis para a negociação direta pelos investidores pessoas físicas. Esse público só poderá adquirir os papéis por meios de fundos de investimentos, principalmente os multimercados. Além deles, instituições financeiras e profissionais que trabalham no mercado financeiro poderão negociar.
O potencial para esse mercado é enorme. Na bolsa do México (BMV), as negociações com esses papéis já representam 30% do volume. Na BMV, o número de empresas disponíveis passa de centenas. Além dos Estados Unidos, há empresas da França, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Finlândia, Japão, China, entre outros. Veja a lista.
A ideia da bolsa é facilitar o acesso dos fundos brasileiros às ações de empresas estrangeiras sem precisar negociar em outros mercados.
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