Londres - As ações da zona do euro tiveram nesta quarta-feira sua pior sessão em dois meses, com violentos protestos na Grécia e na Espanha contra medidas de austeridade reforçando os obstáculos que o bloco continental enfrenta em sua trajetória para sair da crise financeira e da recessão.

Segundo números preliminares, o índice FTSEurofirst 300 , que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 1,68 por cento, aos 1.100 pontos.

Já o indicador Euro STOXX 50, que abrange as blue chips da zona do euro, encerrou preliminarmente com perdas de 2,4 por cento, para 2.505 pontos, em sua maior queda diária desde o começo de agosto.

As ações do setor financeiro lideraram as quedas, com investidores focando lucros após temporada de fortes ganhos motivados por expectativas de estímulos de bancos centrais.

O sentimento do setor acabaria prejudicado por desacordos verbais entre países da zona do euro em sobre como recapitalizar bancos em dificuldades.

Uma bateria de dados fracos e relatórios corporativos sombrios pelo mundo pesaram em setores mais sensíveis ao ciclo da economia, como o automobilístico e o de matéria-primas.

"No fim das contas ainda há números e perspectivas muito pobres na zona do euro", avaliou o estrategista de investimentos da Natixis Benoit Peloille.

"Nós temos um mercado que claramente se recuperou, e você tem algum espaço para uma correção, mas nós achamos que não é mais do que isso", completou.

Em LONDRES, o índice Financial Times caiu 1,56 por cento, a 5.768 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX recuou 2,0 por cento, para 7.276 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 teve perdas de 2,82 por cento, a 3.414 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve baixa de 3,29 por cento, para 15.408 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 caiu 3,92 por cento, a 7.854 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 teve queda de 2,25 por cento, para 5.213 pontos.