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Ações da Souza Cruz deixaram de ser defensivas, diz Itaú BBA

Performance e perspectivas mais fracas preocupam; ações operam em queda nesta terça-feira

Souza Cruz: pior margem bruta nas divisões de cigarro e de exportação de folhas foi o principal culpado pelos resultados fracos (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 21h48.

São Paulo -As ações da fabricante de cigarros Souza Cruz ( CRUZ3 ) enfrentam um pregão de forte queda, após a empresa apresentar um balanço trimestral fraco. Na mínima do dia, os papéis chegaram a perder 3,87%, negociados a 27,06 reais.

A Souza Cruz teve lucro líquido de 435,6 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 9,28% ante o mesmo período de 2012, e fechou o primeiro semestre com lucro líquido de 890 milhões de reais, alta de 5,7% na comparação anual.

De acordo com o analista Vitor Paschoal, do Itaú BBA, a pior margem bruta, tanto na divisão de cigarro como na divisão de exportação de folhas foi a principal culpada por trás dos resultados fracos.

A receita menor nas duas divisões, devido principalmente a preços menores do que o esperado, gerou um Ebitda de 1,39 bilhão de reais, 9% menor do que era projetado pelo analista.

Para o segundo semestre, as expectativas não são boas. Paschoal afirma que a proibição de alguns ingredientes exigirá folhas de qualidade superior para compensar, o que vai pressionar a margem de lucro bruto na divisão de cigarro.

“Nós acreditamos que a Souza Cruz não é mais uma ação defensiva como costumava ser”, afirma o analista.

Ele explica que a evidência do aumento da elasticidade da relação preço-demanda na divisão de cigarros (que resulta no contínuo ganho de participação pelo mercado ilegal), o prêmio exagerado em relação aos seus pares globais e os custos e pressões esperados para o segundo semestre deste ano, tiraram a ação de sua posição segura.

A recomendação do banco para as ações é de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) e o preço-alvo projetado é de 28,70 reais, com potencial de valorização de 1,8%.

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A Souza Cruz teve lucro líquido de 435,6 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 9,28% ante o mesmo período de 2012, e fechou o primeiro semestre com lucro líquido de 890 milhões de reais, alta de 5,7% na comparação anual.

De acordo com o analista Vitor Paschoal, do Itaú BBA, a pior margem bruta, tanto na divisão de cigarro como na divisão de exportação de folhas foi a principal culpada por trás dos resultados fracos.

A receita menor nas duas divisões, devido principalmente a preços menores do que o esperado, gerou um Ebitda de 1,39 bilhão de reais, 9% menor do que era projetado pelo analista.

Para o segundo semestre, as expectativas não são boas. Paschoal afirma que a proibição de alguns ingredientes exigirá folhas de qualidade superior para compensar, o que vai pressionar a margem de lucro bruto na divisão de cigarro.

“Nós acreditamos que a Souza Cruz não é mais uma ação defensiva como costumava ser”, afirma o analista.

Ele explica que a evidência do aumento da elasticidade da relação preço-demanda na divisão de cigarros (que resulta no contínuo ganho de participação pelo mercado ilegal), o prêmio exagerado em relação aos seus pares globais e os custos e pressões esperados para o segundo semestre deste ano, tiraram a ação de sua posição segura.

A recomendação do banco para as ações é de underperform (desempenho abaixo da média do mercado) e o preço-alvo projetado é de 28,70 reais, com potencial de valorização de 1,8%.

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