Ações da OGX enfrentam forte queda pelo 3º pregão seguido
Ações caem 20% na mínima do dia; 6 bancos estrangeiros reduzem seus preços-alvo
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 16h21.
São Paulo - As ações da OGX ( OGXP3 ) enfrentam seu terceiro pregão consecutivo de forte queda. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 20%, negociados a 0,36 centavos de real. Na semana, a queda acumulada já é de 43%.
E as perspectivas continuam negativas. O dia da OGX começou hoje com mais uma agência de classificação de risco rebaixando sua nota de crédito. Dessa vez, foi a Moody’s que reduziu o rating de B2 para Caa2, com perspectiva negativa. Somam-se a essa redução, as já anunciadas pela S&P e pela Fitch.
Além disso, nesta terça-feira, seis corretoras estrangeiras reduziram o preço-alvo para os papéis da petroleira. A projeção mais otimista é do banco Goldman Sachs que vê o preço-alvo da ação em 70 centavos de real.
Na outra ponta, o banco alemão Deutsche Bank, ao lado do americano Bank Of America Merrill Lynch, é o mais pessimista, com um preço-alvo de 10 centavos de real para os papéis.
Marcus Sequeira, analista que assina o relatório, afirma que o valor dos ativos da OGX pode não ser grande o suficiente para cobrir a posição de dívida da empresa, que é de quase 4 bilhões de dólares.
Além disso, no relatório, que não por acaso foi intitulado de “Se desfazendo”, o analista diz que calcular o preço-alvo para a ação tornou-se pouco relevante na atual situação.
Já o HSBC estipula preço-alvo de 30 centavos de real para os papéis. Os analistas Luis Felipe Carvalho e Filipe Gouveia, que assinam o relatório, não contam com o aporte de capital de Eike, de 1 bilhão de reais, dada a falta de visibilidade sobre a liquidez do empresário.
Eles falam ainda da renúncia, no dia 21 de junho, de Pedro Sampaio Malan, Rodolpho Tourinho Neto e Ellen Gracie Northfleet, membros do conselho de administração da empresa.
Na opinião de Carvalho e Gouveia, a saída dos três é um sinal de que o grupo EBX não teria muitas condições de honrar a compra das ações pelo preço de 6,30 reais por papel.
Também nesta terça-feira, o Credit Suisse apresentou seu novo preço-alvo para as ações em 30 centavos. Os analistas Emerson Leite, Vinicius Canheu e Andre Sobreira, que assinam o relatório, reforçam o pensamento de que há pouco valor sobrando para o acionista.
Levando em conta os valores dos ativos, temos: 1,2 bilhão de dólares para Tubarão Martelo, 500 milhões de dólares para Parnaíba e 270 milhões de dólares para o BS-4, que juntos somam 2,0 bilhões de dólares. “Isso não é valor patrimonial suficiente em comparação com uma dívida de 4 blhões de dólares, o que nos faz concluir que há pouco valor no patrimônio OGX em sua forma atual”, afirmam os analistas.
São Paulo - As ações da OGX ( OGXP3 ) enfrentam seu terceiro pregão consecutivo de forte queda. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 20%, negociados a 0,36 centavos de real. Na semana, a queda acumulada já é de 43%.
E as perspectivas continuam negativas. O dia da OGX começou hoje com mais uma agência de classificação de risco rebaixando sua nota de crédito. Dessa vez, foi a Moody’s que reduziu o rating de B2 para Caa2, com perspectiva negativa. Somam-se a essa redução, as já anunciadas pela S&P e pela Fitch.
Além disso, nesta terça-feira, seis corretoras estrangeiras reduziram o preço-alvo para os papéis da petroleira. A projeção mais otimista é do banco Goldman Sachs que vê o preço-alvo da ação em 70 centavos de real.
Na outra ponta, o banco alemão Deutsche Bank, ao lado do americano Bank Of America Merrill Lynch, é o mais pessimista, com um preço-alvo de 10 centavos de real para os papéis.
Marcus Sequeira, analista que assina o relatório, afirma que o valor dos ativos da OGX pode não ser grande o suficiente para cobrir a posição de dívida da empresa, que é de quase 4 bilhões de dólares.
Além disso, no relatório, que não por acaso foi intitulado de “Se desfazendo”, o analista diz que calcular o preço-alvo para a ação tornou-se pouco relevante na atual situação.
Já o HSBC estipula preço-alvo de 30 centavos de real para os papéis. Os analistas Luis Felipe Carvalho e Filipe Gouveia, que assinam o relatório, não contam com o aporte de capital de Eike, de 1 bilhão de reais, dada a falta de visibilidade sobre a liquidez do empresário.
Eles falam ainda da renúncia, no dia 21 de junho, de Pedro Sampaio Malan, Rodolpho Tourinho Neto e Ellen Gracie Northfleet, membros do conselho de administração da empresa.
Na opinião de Carvalho e Gouveia, a saída dos três é um sinal de que o grupo EBX não teria muitas condições de honrar a compra das ações pelo preço de 6,30 reais por papel.
Também nesta terça-feira, o Credit Suisse apresentou seu novo preço-alvo para as ações em 30 centavos. Os analistas Emerson Leite, Vinicius Canheu e Andre Sobreira, que assinam o relatório, reforçam o pensamento de que há pouco valor sobrando para o acionista.
Levando em conta os valores dos ativos, temos: 1,2 bilhão de dólares para Tubarão Martelo, 500 milhões de dólares para Parnaíba e 270 milhões de dólares para o BS-4, que juntos somam 2,0 bilhões de dólares. “Isso não é valor patrimonial suficiente em comparação com uma dívida de 4 blhões de dólares, o que nos faz concluir que há pouco valor no patrimônio OGX em sua forma atual”, afirmam os analistas.