BRF é dona de marcas como Sadia e Perdigão | Foto: Victor Moriyama/Bloomberg (Victor Moriyama/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 11 de junho de 2021 às 11h57.
As ações da companhia de alimentos BRF (BRFS3) saltaram no início dos negócios na bolsa nesta sexta-feira, 11, após notícia do jornal O Globo de que a rival JBS (JBSS3) estuda um contra-ataque à Marfrig (MRFG3) para avançar sobre o controle da dona das marcas Sadia e Perdigão.
Procurada, a JBS disse que não comenta especulações de mercado.
O movimento da JBS, maior produtora global de carnes, ocorreria depois de a Marfrig ter se tornado recentemente a maior acionista individual da BRF, num movimento que surpreendeu o mercado.
Por volta de 11h45, as ações da BRF desaceleravam os ganhos e subiam 3,78%, negociadas a 28,63 reais. Na máxima, os papéis dispararam 14,4%, a 31,98 reais. Já JBS e Marfrig são negociadas em queda, com perdas de 0,24% e 1,23%, respectivamente.
A Marfrig comunicou ao mercado na última quinta-feira, 3, que elevou sua participação na BRF para aproximadamente 31,66%.
A companhia manteve o posicionamento de que se trata de um investimento passivo e de que não pretende interferir na BRF. A Marfrig afirmou que não tem intenção de eleger membros para o conselho de administração e que não celebrou quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto.
Vale lembrar, no entanto, que a compra coloca a Marfrig perto dos limites estabelecidos no estatuto da BRF para acionistas minoritários.
O "poison pill", incluído no estatuto social da BRF, determina que qualquer acionista que se torne titular de 33,33% das ações da empresa terá de divulgar este fato e lançar, em até 30 dias contados a partir da aquisição mais recente, uma oferta pública de aquisição (OPA) para todos os demais acionistas.
O preço da OPA embutiria um prêmio de 40% sobre a média de preço das ações da BRF nos 120 dias anteriores e também nos 30 dias anteriores.
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