Ações da Brasil Pharma desabam com pedido de recuperação judicial
Grupo foi criado para consolidar compras de redes de drogarias regionais, mas teve problemas de integração
Rita Azevedo
Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 12h25.
Última atualização em 10 de janeiro de 2018 às 18h32.
São Paulo -- As ações da Brasil Pharma, que é dona das redes Rosário, Farmais, Big Ben e Sant'ana, desabam nesta quarta-feira após o pedido de recuperação judicial da companhia. Os ativos fecharam o pregão desta quarta-feira em queda de 4,66%, cotados a 3,48 reais. Pouco antes, às 17h40, os papeís ordinários da empresa caíam 6,03%, negociados a 3,43 reais. Na mínima do dia, recuaram 15,07%.
A negociação das ações começou mais tarde, por volta das 12h, devido a uma decisão da B3, que aguardava o envio da documentação do processo.
O pedido
O grupo foi criado como um veículo para consolidar compras de redes de drogarias regionais, mas teve problemas de integração e passou por disputas entre acionistas, além de ter dívida elevada. Ele é atualmente controlado pelo Stigma II da norte-americana Lyon Capital.
“Durante a recuperação judicial o grupo Brasil Pharma, a companhia, suas subsidiárias, controladas e demais empresas do grupo concentrarão seus máximos e melhores esforços para preservar suas atividades comerciais e operacionais e assim cumprir com seus compromissos e obrigações”, disse a empresa.
A empresa informou ainda que “até o presente momento” permanecem inalteradas as informações relacionadas à oferta pública de aquisição das ações (OPA) para a saída da empresa do segmento de especial de listagem no Novo Mercado.
A companhia decidiu deixar o segmento especial em novembro, alegando não ter conseguido cumprir patamar mínimo de ações em circulação no mercado.