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Ações brasileiras estão atrativas antes da eleição, dizem bancos

As ações estão baratas, mesmo com a queda que atinge os mercados emergentes e o tudo ou nada da eleição apenas a um mês de distância

Bolsa: as ações brasileiras mostram um potencial de alta de 109% se houver um ajuste fiscal pós-eleitoral (Ralph Orlowski/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 8 de setembro de 2018 às 07h30.

Última atualização em 8 de setembro de 2018 às 07h30.

(Bloomberg) -- O mercado de ações brasileiro tem mais para oferecer do que para retirar do investidor. Analistas de alguns dos maiores bancos do país permanecem com suas apostas otimistas após um mês difícil para os ativos brasileiros, que levou o Ibovespa ao menor nível em 14 meses em dólares. As ações estão baratas o suficiente para justificar a compra, mesmo com a queda que atinge os mercados emergentes e o tudo ou nada da eleição apenas a um mês de distância, dizem.

As ações brasileiras mostram um potencial de alta de 109% se houver um ajuste fiscal pós-eleitoral significativo e uma queda de 29% sem ajustes, em dólares, de acordo com o analista do Bradesco BBI, André Carvalho.

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"O caso das ações brasileiras é particularmente interessante, com retornos potenciais muito assimétricos", escreveu Carvalho em um relatório de 4 de setembro. O Bradesco BBI está overweight no Brasil e Chile na América Latina.

BTG Pactual e Itaú BBA concordam, mesmo com o favoritos do mercado, Geraldo Alckmin, aparecendo nas pesquisas com apenas 9% da intenção de voto. De acordo pesquisa do Datafolha de 22 de agosto, Jair Bolsonaro lidera com 22% em um cenário que exclui o ex-presidente preso Luiz Inácio Lula da Silva, que foi proibido de concorrer devido à condenação por corrupção.

"Vemos um risco-retorno atrativo", escreveram os analistas do BTG Pactual Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira em relatório de 3 de setembro. O banco acredita que as chances de um candidato de direita ou centro-direita vencer a corrida eleitoral são de cerca de 60%.

O Itaú BBA também mantém recomendação overweight, e mantém a projeção para o Ibovespa inalterada em 83.700 pontos no final do ano, já que o Brasil é visto com desconto em relação a sua média histórica.

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