Acionistas perdem mais da metade de sua fortuna com queda de ações
Georg Schaeffler e Maria-Elisabeth Schaeffler-Thumann viram seus negócios serem afetados pelas condições de negócios complicadas na Europa e na Ásia
Karla Mamona
Publicado em 2 de dezembro de 2018 às 08h30.
Última atualização em 2 de dezembro de 2018 às 08h30.
(Bloomberg) -- Os acionistas majoritários da fabricante alemã de autopeças Continental perderam cerca de US$ 16 bilhões – mais de metade da fortuna conjunta deles – no ano até agora.
O presidente da Continental, Georg Schaeffler, e a mãe dele, Maria-Elisabeth Schaeffler-Thumann, que é vice-presidente da companhia, observaram uma queda de 53 por cento em suas fortunas depois que a empresa alertou que custos extras e condições de negócios complicadas na Europa e na Ásia afetariam os lucros. Um executivo sênior disse nesta semana que os desafios persistirão em 2019.
Agora, a fortuna conjunta deles totaliza US$ 14,1 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index, após ter registrado a maior redução de patrimônio deste ano entre as famílias mais ricas da Europa. Mãe e filho também controlam a Schaeffler, um grupo alemão de engenharia de capital aberto que enfrenta pressões semelhantes às da Continental, a segunda maior fabricante de autopeças do mundo. As ações das duas empresas caíram mais de 40 por cento neste ano.
A Alemanha tem o maior número de bilionários da Europa entre os 500 mais ricos do mundo, como Susanne Klatten, que está entre os principais acionistas da Bayerische Motoren Werke, e Hasso Plattner, cofundador da SAP.
Georg Schaeffler, de 54 anos, herdou 80 por cento da empresa de rolamentos que leva seu sobrenome quando o pai dele faleceu, em 1996, e a mãe herdou o restante. Posteriormente, ele orquestrou uma das maiores aquisições hostis da Alemanha ao comprar a Continental, há dez anos, por mais de US$ 17 bilhões.
Atualmente, ele é a 113° pessoa mais rica do mundo, de acordo com o índice da Bloomberg.