Twitter: Elon Musk tenta se esquivar do acordo de US$ 44 bilhões (Chesnot/Getty Images)
Karina Souza
Publicado em 13 de setembro de 2022 às 14h48.
Última atualização em 13 de setembro de 2022 às 14h56.
Os acionistas do Twitter aprovaram a compra da rede social por Elon Musk, o que simboliza mais um passo para a batalha legal contra a pessoa mais rica do mundo, de acordo com informações do Business Insider.
O Twitter recomendou aos acionistas que aceitassem o acordo de US$ 44 bilhões, que avaliava cada papel a US$ 54,20, um prêmio significativo sobre a cotação de mercado, de cerca de US$ 40.
Musk tenta se desvencilhar de toda forma do acordo, alegando que a empresa não cumpriu com condições pré-estabelecidas para o acordo, enfatizando a quantidade de contas falsas (estimada pela companhia em 5% do total, de 436 milhões).
Na última semana, o magnata apresentou à corte norte-americana um pedido para incluir entre seus argumentos de desistência da compra as denúncias feitas por Peter Zatko, ex-responsável por segurança na rede social. O pedido foi aceito por Kathaleen McCormick, juíza de Delaware, que determinou em seguida a manutenção da data original do processo, considerando que a empresa estaria exposta a prejuízos caso o julgamento fosse adiado, como pedia Musk.
No dia 9 deste mês, o Twitter firmou um acordo com Zatko, em que vai pagar US$ 7 milhões ao ex-executivo para que não possa mais falar publicamente sobre seu tempo no Twitter ou qualquer outro fato relacionado à empresa. Audiências no Congresso e reclamações de denunciantes governamentais são dois dos poucos locais em que ele tem permissão para falar abertamente.
O processo do Twitter contra Elon Musk será julgado em 17 de outubro e deve durar cinco dias.