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Acionistas da E.ON questionam expansão no Brasil

"Pode se ter a impressão de que a E.ON ganha dinheiro na Alemanha para queimá-lo no exterior", disse Ingo Speich, do fundo de investimento Union Investment

Christoph Ohme, gestor de portfólio do fundo de investimento DWS Investment, do Deutsche Bank, também alertou a E.ON a não pagar um preço caro demais por sua expansão (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 13h38.

Essen - A companhia de energia alemã E.ON teve de defender nesta quinta-feira seu avanço em mercados emergentes fora da Europa, após acionistas criticarem os planos e pedirem que a empresa guarde dinheiro, depois de enormes baixas contábeis com ativos europeus nos últimos anos.

"Pode se ter a impressão de que a E.ON ganha dinheiro na Alemanha para queimá-lo no exterior", disse Ingo Speich, gestor de portfólio do fundo de investimento Union Investment, na assembleia geral anual da E.ON. "Os planos para o Brasil parecem ser muito ousados."

Christoph Ohme, gestor de portfólio do fundo de investimento DWS Investment, do Deutsche Bank , também alertou a E.ON a não pagar um preço caro demais por sua expansão. Ohme e outros acionistas apontaram para grandes prejuízos que a companhia teve de contabilizar após adquirir ativos na Itália, Espanha e Franças nos últimos anos.

Os ativos foram adquiridos por mais de 10 bilhões de euros, mas a E.ON teve de realizar baixas contábeis que totalizaram quase metade desse valor, atribuindo isso a mudanças na regulamentação, além de projeções econômicas piores. "Na nossa visão, a E.ON deveria definir claramente os próximos passos da sua expansão internacional", afirmou Ohme.

Apesar das críticas, o executivo-chefe da E.ON, Johannes Teyssen, insistiu que a estratégia de expandir a companhia para mercados emergentes é correta, porque esses mercados oferecem taxas de crescimento muito maiores do que os saturados mercados europeus.

Este ano a E.ON anunciou planos de formar uma joint venture com a companhia brasileira MPX Energia, para desenvolver até 11 gigawatts de capacidade de geração de energia no Brasil e no Chile. Anteriormente, a companhia alemã já tinha afirmado que Brasil, Turquia e Índia eram mercados atraentes.

Teyssen explicou que os investimentos no Brasil vão permanecer relativamente limitados, já que boa parte dos projetos planejados será financiada basicamente por meio da emissão de dívidas. "Até o fim desta década, nós esperamos investimentos de alguns poucos bilhões de euros no Brasil, ou de 100 milhões a 200 milhões de euros por ano", afirmou.

O executivo também disse que a parceria com a MPX dá a E.ON acesso a ativos de gás e carvão mineral que as companhias podem usar para alimentar suas usinas de energia. "São poucos os participantes no mercado de energia do Brasil que têm esse tipo de acesso a combustíveis". As informações são da Dow Jones.

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Essen - A companhia de energia alemã E.ON teve de defender nesta quinta-feira seu avanço em mercados emergentes fora da Europa, após acionistas criticarem os planos e pedirem que a empresa guarde dinheiro, depois de enormes baixas contábeis com ativos europeus nos últimos anos.

"Pode se ter a impressão de que a E.ON ganha dinheiro na Alemanha para queimá-lo no exterior", disse Ingo Speich, gestor de portfólio do fundo de investimento Union Investment, na assembleia geral anual da E.ON. "Os planos para o Brasil parecem ser muito ousados."

Christoph Ohme, gestor de portfólio do fundo de investimento DWS Investment, do Deutsche Bank , também alertou a E.ON a não pagar um preço caro demais por sua expansão. Ohme e outros acionistas apontaram para grandes prejuízos que a companhia teve de contabilizar após adquirir ativos na Itália, Espanha e Franças nos últimos anos.

Os ativos foram adquiridos por mais de 10 bilhões de euros, mas a E.ON teve de realizar baixas contábeis que totalizaram quase metade desse valor, atribuindo isso a mudanças na regulamentação, além de projeções econômicas piores. "Na nossa visão, a E.ON deveria definir claramente os próximos passos da sua expansão internacional", afirmou Ohme.

Apesar das críticas, o executivo-chefe da E.ON, Johannes Teyssen, insistiu que a estratégia de expandir a companhia para mercados emergentes é correta, porque esses mercados oferecem taxas de crescimento muito maiores do que os saturados mercados europeus.

Este ano a E.ON anunciou planos de formar uma joint venture com a companhia brasileira MPX Energia, para desenvolver até 11 gigawatts de capacidade de geração de energia no Brasil e no Chile. Anteriormente, a companhia alemã já tinha afirmado que Brasil, Turquia e Índia eram mercados atraentes.

Teyssen explicou que os investimentos no Brasil vão permanecer relativamente limitados, já que boa parte dos projetos planejados será financiada basicamente por meio da emissão de dívidas. "Até o fim desta década, nós esperamos investimentos de alguns poucos bilhões de euros no Brasil, ou de 100 milhões a 200 milhões de euros por ano", afirmou.

O executivo também disse que a parceria com a MPX dá a E.ON acesso a ativos de gás e carvão mineral que as companhias podem usar para alimentar suas usinas de energia. "São poucos os participantes no mercado de energia do Brasil que têm esse tipo de acesso a combustíveis". As informações são da Dow Jones.

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