Acionista da Usiminas tenta recompor conselho
No fim de outubro o então representante do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), Wanderley Rezende de Souza, renunciou ao cargo
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 09h10.
São Paulo - O L. Par, fundo que reúne os recursos do investidor Lírio Parisotto, tenta articular com outros acionistas da Usiminas a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para recomposição do quadro de conselheiros da companhia.
Isso porque no fim de outubro o então representante do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), Wanderley Rezende de Souza, renunciou ao cargo.
A sua saída aconteceu logo após a fundação vender grande parte de suas ações à Ternium, acionista que controla a Usiminas ao lado da japonesa Nippon Steel, em mais um capítulo da briga societária na empresa, que se arrasta desde o ano passado e corre na Justiça.
Segundo a Previ, Souza sempre teve "autonomia em sua atuação e liberdade para se posicionar e deliberar as matérias de acordo com o que julgava mais adequado, no melhor interesse da companhia".
Desde então, a Usiminas tem nove conselheiros, sendo que Nippon e Ternium têm três indicações cada, a Previdência Usiminas, que também é signatária do bloco de acionistas, possui um indicado.
Os empregados têm outro representante. A nona vaga é hoje de Marcelo Gasparino, representante dos minoritários no conselho da siderúrgica mineira. Em outubro, após a saída de Rezende, seu suplente renunciou.
Na avaliação de Gasparino, a substituição deveria ter sido tão rápida quanto a de Nobuhiko Ikura, indicado pelo acionista controlador Nippon Steel, que renunciou em março de 2013 e foi prontamente substituído.
O L. Par, que é gerido pela Geração Futuro, possui 5,33% das ações preferenciais da Usiminas, ou 2,67% do capital total da empresa. Segundo Gasparino, o fundo possui também cerca de 2% das ações ordinárias.
Conforme a Lei das S/As, os acionistas minoritários que detenham pelo menos 5% do capital social, separadamente ou em conjunto com outros acionistas, têm o direito de solicitar a convocação de assembleia para discutir assuntos que julgarem de interesse da sociedade.
A Geração Futuro fez no fim de 2014 o primeiro pedido para que a companhia convocasse uma AGE, mas foi negado com a justificativa de que o acionista não tinha a participação necessária.
"Agora está sendo feito um pedido público para que os demais minoritários detentores de ON acompanhem o nosso requerimento de assembleia", diz. Quem quiser aderir ao pedido terá até a próxima semana para se manifestar.
A Usiminas está listada no Nível 1 da BM&FBovespa, segmento em que não é exigida a presença de conselheiro independente.
Sobre a recomposição do conselho de administração, a Ternium afirmou que "mantém e manterá sua conduta de respeitar o acordo de acionistas, o estatuto da Usiminas e a lei aplicável no que diz respeito a este tema". Procuradas, Usiminas e Nippon Steel não se pronunciaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O L. Par, fundo que reúne os recursos do investidor Lírio Parisotto, tenta articular com outros acionistas da Usiminas a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para recomposição do quadro de conselheiros da companhia.
Isso porque no fim de outubro o então representante do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), Wanderley Rezende de Souza, renunciou ao cargo.
A sua saída aconteceu logo após a fundação vender grande parte de suas ações à Ternium, acionista que controla a Usiminas ao lado da japonesa Nippon Steel, em mais um capítulo da briga societária na empresa, que se arrasta desde o ano passado e corre na Justiça.
Segundo a Previ, Souza sempre teve "autonomia em sua atuação e liberdade para se posicionar e deliberar as matérias de acordo com o que julgava mais adequado, no melhor interesse da companhia".
Desde então, a Usiminas tem nove conselheiros, sendo que Nippon e Ternium têm três indicações cada, a Previdência Usiminas, que também é signatária do bloco de acionistas, possui um indicado.
Os empregados têm outro representante. A nona vaga é hoje de Marcelo Gasparino, representante dos minoritários no conselho da siderúrgica mineira. Em outubro, após a saída de Rezende, seu suplente renunciou.
Na avaliação de Gasparino, a substituição deveria ter sido tão rápida quanto a de Nobuhiko Ikura, indicado pelo acionista controlador Nippon Steel, que renunciou em março de 2013 e foi prontamente substituído.
O L. Par, que é gerido pela Geração Futuro, possui 5,33% das ações preferenciais da Usiminas, ou 2,67% do capital total da empresa. Segundo Gasparino, o fundo possui também cerca de 2% das ações ordinárias.
Conforme a Lei das S/As, os acionistas minoritários que detenham pelo menos 5% do capital social, separadamente ou em conjunto com outros acionistas, têm o direito de solicitar a convocação de assembleia para discutir assuntos que julgarem de interesse da sociedade.
A Geração Futuro fez no fim de 2014 o primeiro pedido para que a companhia convocasse uma AGE, mas foi negado com a justificativa de que o acionista não tinha a participação necessária.
"Agora está sendo feito um pedido público para que os demais minoritários detentores de ON acompanhem o nosso requerimento de assembleia", diz. Quem quiser aderir ao pedido terá até a próxima semana para se manifestar.
A Usiminas está listada no Nível 1 da BM&FBovespa, segmento em que não é exigida a presença de conselheiro independente.
Sobre a recomposição do conselho de administração, a Ternium afirmou que "mantém e manterá sua conduta de respeitar o acordo de acionistas, o estatuto da Usiminas e a lei aplicável no que diz respeito a este tema". Procuradas, Usiminas e Nippon Steel não se pronunciaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.