Ação da Vale já sente o efeito do temor com economia global
Expansão dos papéis tem sido freada pela baixa visibilidade, diz Goldman Sachs
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2011 às 14h19.
São Paulo – As ações da Vale (VALE3; VALE5) têm sido afetadas por uma menor visibilidade sobre os rumos da economia global, ressalta o Goldman Sachs. Os papéis da maior exploradora de minério de ferro do mundo têm queda de aproximadamente 20% em 2011.
Segundo o banco, os ativos estão sendo negociados a um valor que considera uma aguada mudança na perspectiva para os preços do minério de ferro, mas tal alteração não é esperada pelo Goldman Sachs até 2015.
“A expansão dos múltiplos tem sido freada pela baixa visibilidade sobre o desempenho da economia global e por um potencial aumento dos royalties no Brasil”, ressaltam os analistas em relatório assinado por Marcelo Aguiar e Diogo Miura. “Os múltiplos a níveis tão baixos projetam um cenário no qual, em nossa visão, improvável de se tornar realidade”, dizem.
Para eles, contudo, os riscos já estão refletidos nos preços das ações. A Vale segue como a preferida no setor de recursos naturais na América Latina e continua com a recomendação de compra. O banco acredita que o minério de ferro é um relativo vencedor entre as commodities em um cenário como o atual.
Revisão
“Acreditamos que as dinâmicas de oferta e demanda do minério de ferro se diferem das outras commodities e é provável que resista melhor a uma desaceleração do que em 2008”, destacam. Apesar disso, o banco revisou para baixo as estimativas para o preço-alvo das ações da Vale negociadas em Nova York.
O Goldman Sachs lembra que os resultados do primeiro semestre do ano foram significantemente afetados por eventos não recorrentes, como um período de chuvas maior que o usual. Como o banco não espera uma recomposição da produção, as estimativas de embarques da commodity foram reduzidas para o ano, o que impacta a lucratividade.
"As operações no 2T11 continuaram a ser impactadas pelas chuvas intensas em Carajás, o que inclusive levou à desaceleração no processo de descarga de trens no terminal marítimo de Ponta da Madeira, devido ao grau mais elevado de umidade do minério", disse a empresa no release de resultados.
O lucro líquido da Vale ficou em 10,275 bilhões de reais no período. Os números representam um avanço de 54,9% na passagem anual e um recuo de 9% na comparação com o trimestre anterior.
A estimativa do Goldman Sachs para o lucro por ADR (American Depositary Receipt) caiu em 12,7% para 2011 e em 11,1% para 2012. O preço-alvo de 12 meses para os papéis representativos das ações ordinárias e das preferenciais de classe A passou de 38 dólares para 34 dólares.
São Paulo – As ações da Vale (VALE3; VALE5) têm sido afetadas por uma menor visibilidade sobre os rumos da economia global, ressalta o Goldman Sachs. Os papéis da maior exploradora de minério de ferro do mundo têm queda de aproximadamente 20% em 2011.
Segundo o banco, os ativos estão sendo negociados a um valor que considera uma aguada mudança na perspectiva para os preços do minério de ferro, mas tal alteração não é esperada pelo Goldman Sachs até 2015.
“A expansão dos múltiplos tem sido freada pela baixa visibilidade sobre o desempenho da economia global e por um potencial aumento dos royalties no Brasil”, ressaltam os analistas em relatório assinado por Marcelo Aguiar e Diogo Miura. “Os múltiplos a níveis tão baixos projetam um cenário no qual, em nossa visão, improvável de se tornar realidade”, dizem.
Para eles, contudo, os riscos já estão refletidos nos preços das ações. A Vale segue como a preferida no setor de recursos naturais na América Latina e continua com a recomendação de compra. O banco acredita que o minério de ferro é um relativo vencedor entre as commodities em um cenário como o atual.
Revisão
“Acreditamos que as dinâmicas de oferta e demanda do minério de ferro se diferem das outras commodities e é provável que resista melhor a uma desaceleração do que em 2008”, destacam. Apesar disso, o banco revisou para baixo as estimativas para o preço-alvo das ações da Vale negociadas em Nova York.
O Goldman Sachs lembra que os resultados do primeiro semestre do ano foram significantemente afetados por eventos não recorrentes, como um período de chuvas maior que o usual. Como o banco não espera uma recomposição da produção, as estimativas de embarques da commodity foram reduzidas para o ano, o que impacta a lucratividade.
"As operações no 2T11 continuaram a ser impactadas pelas chuvas intensas em Carajás, o que inclusive levou à desaceleração no processo de descarga de trens no terminal marítimo de Ponta da Madeira, devido ao grau mais elevado de umidade do minério", disse a empresa no release de resultados.
O lucro líquido da Vale ficou em 10,275 bilhões de reais no período. Os números representam um avanço de 54,9% na passagem anual e um recuo de 9% na comparação com o trimestre anterior.
A estimativa do Goldman Sachs para o lucro por ADR (American Depositary Receipt) caiu em 12,7% para 2011 e em 11,1% para 2012. O preço-alvo de 12 meses para os papéis representativos das ações ordinárias e das preferenciais de classe A passou de 38 dólares para 34 dólares.