Ação da OGX opera pela 1º vez abaixo de R$ 1
Papel recuou a R$ 0,97, com desvalorização de 6,7%, diante da persistente desconfiança do mercado com as perspectivas para a empresa
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 16h26.
São Paulo - A ação da petrolífera OGX , do empresário Eike Batista, caiu pela primeira vez abaixo de 1 real nesta quinta-feira, diante da persistente desconfiança do mercado com as perspectivas para a empresa.
O papel recuou a 0,97 real na mínima intradiária, com desvalorização de 6,7 por cento.
Depois de renovar a mínima histórica, a queda da OGX perdia força, com a ação sendo cotada, às 13h36, a 1,03 real, com recuo de 0,96 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,14 por cento.
A OGX estreou na Bovespa, em 13 de junho de 2008, cotada a 11,31 reais, considerando o preço ajustado por desdobramento de papéis, e chegou a ser cotada acima de 23 reais em outubro de 2010.
Em 12 meses até o fechamento de quarta-feira, a ação acumula queda de 89 por cento, em um movimento explicado em parte por dados de produção abaixo das estimativas e crescentes preocupações sobre a situação do caixa da petrolífera.
Mas o mau humor de investidores para com os papéis da companhia e de outras empresas do grupo EBX se agravou nesta semana, após notícia de que Eike vendeu ações da OGX no fim de maio.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o empresário vendeu 70,47 milhões de papéis, por um total de 121,82 milhões de reais, ou 1,73 real por ação.
Analistas do JPMorgan avaliaram o evento como negativo, "com a venda refletindo uma possível necessidade de caixa pelo acionista controlador".
Além disso, a venda lançou dúvidas sobre as perspectivas para o exercício pela OGX de sua opção de venda ("put") a 6,30 reais contra o controlador Eike Batista, o que resultaria em uma injeção de 1 bilhão de dólares para a empresa fazer frente às necessidades de caixa.
"Se Batista está vendendo ações a 1,73 real, perguntamos como e por quê ele capitalizaria a companhia a 6,30 reais por ação", avaliaram analistas do Santander em relatório nesta semana.
"Lembramos que essa "put" é essencial para capitalizar a OGX já que, de acordo com nossas estimativas, a companhia deve ficar sem caixa em meados de 2014", acrescentaram.
Mesmo antes da notícia da venda de ações da OGX por Eike, analistas mostravam bastante pessimismo com as perspectivas para o desempenho da companhia na bolsa.
Em meados de abril, o Deutsche Bank reduziu o preço-alvo para a ação da OGX para 0,80 real, de uma estimativa anterior de 2 reais, reiterando a recomendação de "venda" para a petrolífera.
São Paulo - A ação da petrolífera OGX , do empresário Eike Batista, caiu pela primeira vez abaixo de 1 real nesta quinta-feira, diante da persistente desconfiança do mercado com as perspectivas para a empresa.
O papel recuou a 0,97 real na mínima intradiária, com desvalorização de 6,7 por cento.
Depois de renovar a mínima histórica, a queda da OGX perdia força, com a ação sendo cotada, às 13h36, a 1,03 real, com recuo de 0,96 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,14 por cento.
A OGX estreou na Bovespa, em 13 de junho de 2008, cotada a 11,31 reais, considerando o preço ajustado por desdobramento de papéis, e chegou a ser cotada acima de 23 reais em outubro de 2010.
Em 12 meses até o fechamento de quarta-feira, a ação acumula queda de 89 por cento, em um movimento explicado em parte por dados de produção abaixo das estimativas e crescentes preocupações sobre a situação do caixa da petrolífera.
Mas o mau humor de investidores para com os papéis da companhia e de outras empresas do grupo EBX se agravou nesta semana, após notícia de que Eike vendeu ações da OGX no fim de maio.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o empresário vendeu 70,47 milhões de papéis, por um total de 121,82 milhões de reais, ou 1,73 real por ação.
Analistas do JPMorgan avaliaram o evento como negativo, "com a venda refletindo uma possível necessidade de caixa pelo acionista controlador".
Além disso, a venda lançou dúvidas sobre as perspectivas para o exercício pela OGX de sua opção de venda ("put") a 6,30 reais contra o controlador Eike Batista, o que resultaria em uma injeção de 1 bilhão de dólares para a empresa fazer frente às necessidades de caixa.
"Se Batista está vendendo ações a 1,73 real, perguntamos como e por quê ele capitalizaria a companhia a 6,30 reais por ação", avaliaram analistas do Santander em relatório nesta semana.
"Lembramos que essa "put" é essencial para capitalizar a OGX já que, de acordo com nossas estimativas, a companhia deve ficar sem caixa em meados de 2014", acrescentaram.
Mesmo antes da notícia da venda de ações da OGX por Eike, analistas mostravam bastante pessimismo com as perspectivas para o desempenho da companhia na bolsa.
Em meados de abril, o Deutsche Bank reduziu o preço-alvo para a ação da OGX para 0,80 real, de uma estimativa anterior de 2 reais, reiterando a recomendação de "venda" para a petrolífera.