Abrasca espera que situação da bolsa melhore em 2012
Estudo feito pela Economática mostrou que valor das companhias abertas em bolsa do país caiu em 2011
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2011 às 16h02.
Rio de Janeiro - Embora a crise internacional tenha diminuído o valor de mercado das empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) este ano - de acordo com um estudo da consultoria Economática, divulgado ontem, e considerando as cotações de terça-feira, as perdas das empresas brasileiras na bolsa superam R$ 206 bilhões - , o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro, confia em um cenário favorável em 2012.
Na avaliação de Castro, a perspectiva é que a economia cresça, mas aquém do desejado. “Os indicadores de longo prazo não são aqueles que a gente gostaria”, disse. Para as empresas brasileiras negociadas em bolsa de valores, a expectativa é positiva, ressaltou. A retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investidores estrangeiros é uma boa notícia. “Espero que seja permanente”.
Outro fator importante nessa direção, segundo o presidente da Abrasca, é a percepção que os juros básicos continuem em queda. “Historicamente, esses juros muito altos colocaram uma mentalidade de curto prazo na cabeça de todos os empresários”. Castro considera que as iniciativas de fortalecimento do mercado de renda fixa e de compra de debêntures pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) constituem “um empurrão a mais para instrumentos de prazo mais longo”.
Ele acredita, caso a demanda cresça, que o valor das empresas, dado pelo mercado, também vai evoluir. Esse crescimento, contudo, não ocorrerá em uma velocidade muito grande. “De maneira geral, todo mundo quer ver as coisas com os pés no chão”.
Na avaliação do presidente da Abrasca, 2011 não foi bom para as companhias abertas brasileiras. “Este foi um ano muito difícil, com um nível de incertezas grande”. A boa notícia é que a percepção do empresariado é que o crescimento econômico em 2012 será maior que este ano. Contribui para isso a sinalização de queda da taxa de juros. Assim, o nível de investimentos das empresas com recursos próprios deverá se expandir. “Obviamente, não cresce em uma extensão muito grande, mas são bons indicadores, olhando para frente”.
De acordo com pesquisa econômica feita pela entidade em dezembro, 36% dos associados da Abrasca consultados mostraram expectativa de elevar os investimentos próprios em 2012, contra 16,7% na sondagem de janeiro. Naquele mês, 50% dos empresários previam retração dos investimentos. Esse número agora caiu para 16%.
Castro não tem dúvidas de que o Brasil continuará sendo um forte atrativo para investimentos estrangeiros não especulativos. “As perspectivas de crescimento europeu e americano são muito pequenas. A gente sabe que eles investem muito na Ásia”. Citou o caso da China e da Índia, onde a taxa de poupança é elevada.
No caso do Brasil, a tributação elevada faz com que o setor privado não consiga poupar, destacou. “O Brasil tem essa dificuldade e tudo que o governo arrecada é, praticamente, destinado para gastos de custeio. Pouco vai para investimento. Eu acho que esse é o grande problema do Brasil: investe pouco, deixa pouco para a poupança privada”.
Rio de Janeiro - Embora a crise internacional tenha diminuído o valor de mercado das empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) este ano - de acordo com um estudo da consultoria Economática, divulgado ontem, e considerando as cotações de terça-feira, as perdas das empresas brasileiras na bolsa superam R$ 206 bilhões - , o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro, confia em um cenário favorável em 2012.
Na avaliação de Castro, a perspectiva é que a economia cresça, mas aquém do desejado. “Os indicadores de longo prazo não são aqueles que a gente gostaria”, disse. Para as empresas brasileiras negociadas em bolsa de valores, a expectativa é positiva, ressaltou. A retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investidores estrangeiros é uma boa notícia. “Espero que seja permanente”.
Outro fator importante nessa direção, segundo o presidente da Abrasca, é a percepção que os juros básicos continuem em queda. “Historicamente, esses juros muito altos colocaram uma mentalidade de curto prazo na cabeça de todos os empresários”. Castro considera que as iniciativas de fortalecimento do mercado de renda fixa e de compra de debêntures pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) constituem “um empurrão a mais para instrumentos de prazo mais longo”.
Ele acredita, caso a demanda cresça, que o valor das empresas, dado pelo mercado, também vai evoluir. Esse crescimento, contudo, não ocorrerá em uma velocidade muito grande. “De maneira geral, todo mundo quer ver as coisas com os pés no chão”.
Na avaliação do presidente da Abrasca, 2011 não foi bom para as companhias abertas brasileiras. “Este foi um ano muito difícil, com um nível de incertezas grande”. A boa notícia é que a percepção do empresariado é que o crescimento econômico em 2012 será maior que este ano. Contribui para isso a sinalização de queda da taxa de juros. Assim, o nível de investimentos das empresas com recursos próprios deverá se expandir. “Obviamente, não cresce em uma extensão muito grande, mas são bons indicadores, olhando para frente”.
De acordo com pesquisa econômica feita pela entidade em dezembro, 36% dos associados da Abrasca consultados mostraram expectativa de elevar os investimentos próprios em 2012, contra 16,7% na sondagem de janeiro. Naquele mês, 50% dos empresários previam retração dos investimentos. Esse número agora caiu para 16%.
Castro não tem dúvidas de que o Brasil continuará sendo um forte atrativo para investimentos estrangeiros não especulativos. “As perspectivas de crescimento europeu e americano são muito pequenas. A gente sabe que eles investem muito na Ásia”. Citou o caso da China e da Índia, onde a taxa de poupança é elevada.
No caso do Brasil, a tributação elevada faz com que o setor privado não consiga poupar, destacou. “O Brasil tem essa dificuldade e tudo que o governo arrecada é, praticamente, destinado para gastos de custeio. Pouco vai para investimento. Eu acho que esse é o grande problema do Brasil: investe pouco, deixa pouco para a poupança privada”.