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Abertura de mercado: balanços, Copom e Congresso dão o tom da semana

Temporada de resultados fica mais intensa no Brasil com divulgações de grandes bancos e Petrobras

. (Germano Lüders/Exame)

. (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 2 de agosto de 2021 às 09h53.

Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 12h27.

Depois de fechar o mês de julho em queda de 4%, o Ibovespa pode ter uma semana mais calma no início de agosto. Os sinais de alerta, no entanto, ainda estão ligados. Para Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável e derivativos do BTG Pactual digital, o investidor deve ficar atento a três pontos principais: a temporada de balanços corporativos, a reunião do Copom e o fim do recesso do Congresso.

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2021 fica mais intensa nesta semana no Brasil e conta com as divulgações de algumas das maiores ações da bolsa. Nesta segunda-feira, 2, o Itaú (ITUB4) apresenta seus resultados após o fechamento de mercado. Amanhã é a vez de Bradesco (BBDC4), seguindo na quarta-feira por Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR/PETR4).

A quarta-feira também será marcada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve elevar novamente a taxa básica de juros da economia, a Selic. A expectativa do BTG Pactual digital é de uma elevação de 1 ponto percentual, levando a taxa para 5,25% ao ano. 

“A inflação começou a dar sinais de que vai continuar alta também no próximo ano. Então nossa expectativa é de que o Copom eleve a Selic e use um tom mais duro em sua decisão desta semana”, afirmou Zanlorenzi na Abertura de Mercado desta segunda-feira.

Zanlorenzi destacou ainda que os ruídos políticos devem continuar pesando no mercado esta semana com a volta dos trabalhos no Congresso. A expectativa é que, nos próximos meses, sejam votadas as reformas tributária e eleitoral, além do projeto de privatização dos Correios. Outro ponto de atenção é a reformulação de programas sociais como o Bolsa Família e suas implicações para as contas do governo.

“O mercado fica de olho no Bolsa Família em relação ao valor do reajuste e à quantidade de pessoas que serão contempladas pelo benefício. Isso tudo tem que ficar dentro do Teto de Gastos, se não teremos um grande estresse na curva de juros assim como na semana passada”, afirmou. 

Assista ao programa completo aqui:

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