Ibovespa: projeção de analistas para o fim do ano tem girado em torno dos 89.000 pontos (Germano Lüders/Site Exame)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 07h24.
Última atualização em 16 de janeiro de 2018 às 07h45.
Investidores não têm do que reclamar. Em seis dos dez pregões de 2018, o Ibovespa bateu novos patamares recordes. O último veio ontem, quando índice subiu 0,51% e fechou o dia a 79.752 pontos.
Com o novo patamar, chegar aos 80.000 pontos virou questão de pouquíssimo tempo e o otimismo para os próximos recordes continua.
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O cenário que alimenta a bolsa brasileira é o mesmo que tem incentivado índices ao redor do mundo. As perspectiva de crescimento global têm aumentado e o apetite de investidores por ativos riscos continua elevado.
“O cenário no exterior é o principal fator de alta do Ibovespa e a recuperação da economia brasileira tem diminuído a percepção de risco em relação ao Brasil”, diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide. Para ele, o Ibovespa deve chegar ao patamar entre 84.000 e 85.000 pontos em algum momento dos próximos três meses.
A projeção de analistas para o fim do ano tem girado em torno dos 89.000 pontos. A justificativa para esse novo patamar seria a recuperação econômica, com a redução do endividamento e aumento do lucro das empresas.
Serve de argumento também o fato de que, apesar da alta recente, a bolsa brasileira continua barata em outras bases de comparação.
“Hoje, a bolsa está no mesmo nível de preço de 2015 em termos de dólar. Considerando os cenários possíveis para o câmbio, o Ibovespa teria um potencial de valorização de 13% a 24% em dólar em nosso cenário base”, dizem analistas da XP Investimentos em relatório.
A grande dúvida do ano é quanto o cenário eleitoral influenciará a bolsa. Para analistas, o candidato vencedor, ou a perspectiva de um vencedor, será decisivo para levar o Ibovespa aos 90.000 ou aos 71.000 pontos no fim do ano. Como tudo no Brasil em 2018, a bolsa também será ditada pela política.