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10 notícias para lidar com os mercados nesta quarta-feira

Burger King volta à bolsa hoje; mercados aguardam resultado do Fed

Burger King pode voltar para a bolsa hoje (Getty Images)

Burger King pode voltar para a bolsa hoje (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 09h06.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1 - Burger King volta à bolsa hoje. As ações do Burger King, segunda maior rede de hambúrgueres do mundo, com mais de 12 000 restaurantes em 80 países, deverão voltar a ser negociadas na bolsa de Nova York a partir de hoje. Segundo EXAME apurou, a companhia recebeu ontem a autorização da Sec, o órgão regulador do mercado de capitais americano. A abertura acontece sem alarde devido ao processo pouco convencional para retornar à bolsa escolhido pelos sócios. A princípio os planos dos controladores, o fundo 3G Capital, dos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, era retornar à bolsa só no primeiro trimestre de 2013.

2 - Mercados aguardam Fed, mantendo Europa no radar. O mercado aguarda hoje o resultado da reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA). Economistas esperam que o banco central norte-americano amplie sua chamada Operação Twist, ferramenta pela qual a instituição vende dívidas no curto prazo e compra bônus com prazo de vencimento mais longo para reduzir os custos dos empréstimos, em uma tentativa de ajudar a economia. Além disso, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed anuncia sua decisão sobre a taxa de juros norte-americana às 13h30 (horário de Brasília).

3 - Andrade Gutierrez pode fechar hoje emissão de debêntures. A Andrade Gutierrez Participações pode pagar a variação do CDI mais 115 pontos- base em uma emissão de debêntures com vencimento em 5 anos que deve fechar hoje, disse uma pessoa familiarizada com a operação para a Bloomberg. A empresa pretende captar até R$ 800 milhões em títulos com vencimento em 5, 7 e 10 anos amanhã, disse a pessoa, que pediu anonimato porque não está autorizada a falar publicamente sobre o assunto.

4 - MPX adia início de venda de energia em Itaqui. A MPX (MPXE3) aprovou o adiamento do prazo para início dos contratos de comercialização de energia da usina termelétrica de Itaqui, perante a Agência Nacional de Energia Elétrica, para até 1º de outubro, mostrou comunicado enviado para a CVM.

5 - Mercado não vê competição para a BM&FBovespa no curto prazo. O estudo divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a possível concorrência no mercado financeiro não traz um cenário muito claro para o que pode acontecer com BM&FBovespa (BVMF3), Cetip (CTIP3) e as negociações para os investidores brasileiros. O documento, produzido pela consultoria Oxera a pedido da CVM , apontou mudanças necessárias no ambiente regulatório e ressaltou que é caro operar no Brasil. O que isso muda de fato para a BMFBovespa, porém, ainda não está claro e analistas divergem sobre as ações da empresa e suas perspectivas.


6 - Braskem se antecipa e produz butadieno em Triunfo. A petroquímica Braskem (BRKM5) acelerou o ritmo da construção da nova fábrica de butadieno localizada em Triunfo (RS) e, com isso, antecipou em 50 dias o início da produção no local. Desde o dia 9 de junho, a companhia fabrica o insumo utilizado na produção de borracha em condição pré-operacional. A inauguração oficial da unidade deve ocorrer no mês que vem. O projeto, avaliado em R$ 300 milhões, eleva a capacidade da Braskem em 103 mil toneladas anuais, para aproximadamente 450 mil toneladas de butadieno por ano, uma expansão de 30%. Até maio passado, a Braskem havia assinado contratos de pré-venda do produto, que totaliza um adiantamento de cerca de R$ 200 milhões.

7 - Itaú segue Carlos Slim e compra fatia na argentina YPF. O Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) adquiriu uma fatia de 3,6% na petroleira argentina YPF (YPF), que recentemente foi nacionalizada pelo governo do país. A compra faz parte de um direito colateral exercido após o calote recebido por um empréstimo realizado pelo banco há quatro anos para uma rica família argentina. O governo argentino expropriou uma participação de 51% da empresa que era detida pela espanhola Repsol. A alegação foi de que a companhia não estava investindo no país e a produção caindo. A YPF disse em um documento enviado à bolsa argentina que o Itaú não tem a intenção de comprar mais ações.

8- Kepler Weber quer agrupar ações. A Kepler Weber (KEPL3) anunciou na noite de ontem que pretende agrupar suas ações ordinárias na proporção de 50 ações para uma. Em comunicado enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que a operação será votada em 10 de julho pelos acionistas. Entre os objetivos, a empresa destaca a redução de custos administrativos e operacionais e promoção de mais visibilidade às cotações da empresa.

9 - Itália quer que fundos de resgate da zona do euro comprem dívida. A Itália propôs na cúpula do G20 no México na terça-feira que os fundos de resgate da zona do euro comecem a comprar dívida de países europeus em dificuldade, e espera-se que a ideia seja discutida numa reunião de líderes em Roma na sexta-feira. A proposta italiana prevê o uso dos fundos de resgate da União Europeia (UE), o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), para comprar títulos de países como Espanha e Itália no mercado secundário a fim de ajudar a diminuir os rendimentos dos títulos e os custos de refinanciamento.Ambos os fundos têm o poder de comprar dívida soberana, mas até agora apenas o Banco Central Europeu (BCE) foi ativo em comprar títulos de países da zona do euro atingidos pela crise, comprando mais de 210 bilhões de euros em dívida desde o lançamento do programa em maio de 2010.

10 - Estagflação ameaça economia e mercado aposta em alta dos juros.
A presidente Dilma Rousseff alertou o presidente americano, Barack Obama, em uma reunião em abril que a economia mundial corria risco de estagflação. Seria um efeito das tentativas de diferentes países de desvalorizarem suas moedas. Dois meses depois, é a economia brasileira que enfrenta essa ameaça. Analistas preveem que a inflação vai voltar a acelerar pela primeira vez em nove meses enquanto o crescimento da economia fica cada vez mais fraco. Os negócios no mercado de juros futuros indicam que operadores esperam que o Banco Central reverta o ciclo atual e eleve os juros a partir de abril para conter a alta dos preços.

Bônus: 7 ações para acompanhar o crescimento do Brasil no longo prazo

*Agência Estado, Bloomberg e Reuters

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