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10 notícias para lidar com os mercados nesta quarta-feira

Bolsas internacionais operam em alta diante da esperança de que o governo americano conseguirá solucionar o problema da dívida pública; no Brasil, Copom é destaque

Bovespa (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 15h06.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber nesta quarta-feira (20):

1 Mercados: otimismo nos EUA incentiva alta nas bolsas mundiais. Os sinais de que o Congresso dos Estados Unidos pode estar mais próximo de um acordo para elevar o teto da dívida pública do país impulsiona os ganhos nas principais bolsas da Europa e nos índices futuros de Wall Street. Petróleo e euro se valorizam pelo segundo dia consecutivo. No Brasil, o mercado centra hoje as atenções na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre o futuro da taxa básica de juros (Selic).

2 Proposta de senadores alivia tensões de dívida nos EUA. Armados com um novo plano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e líderes do Congresso vão tentar nesta quarta-feira ver se ainda é possível um acordo nas próximas horas para evitar um default, que rapidamente está se aproximando. O novo e ambicioso plano, revelado por um grupo de senadores conhecido como "Gangue dos Seis", oferece alguma esperança face ao crescente impasse que tem ameaçado a nota de crédito dos EUA, em nível máximo.

3 Crise na Zona do Euro pode ganhar dimensão de Lehman Brothers, diz FMI. Se a crise da dívida soberana dos países da periferia da zona do euro migrar para suas economias mais fortes, várias regiões do mundo sentirão um impacto praticamente igual ao que experimentaram após a quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, em setembro de 2008 - inclusive o Brasil, informa reportagem do jornal Valor Econômico. A conclusão é do Fundo Monetário Internacional, que concluiu consultas com autoridades econômicas dos países da zona do euro e, em seus relatórios, mensurou os efeitos globais caso a atual crise atinja alguns dos grandes bancos europeus, como o belga Dexia, o alemão Deutsche Bank, o francês BNP Paribas ou o holandês ING.

4 Copersucar suspende oferta pública inicial de ações. A Copersucar, a maior comercializadora brasileira de açúcar e etanol integrada à produção, suspendeu ontem (19) a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) devido à condições adversas de mercado, afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento da situação. Não há previsão de que os planos de IPO serão retomados.

5 Votorantim ganha atratividade na renda fixa com retaguarda do BB. Os investidores internacionais estão exigindo um prêmio recorde para deter títulos do Banco Votorantim em vez dos papéis do Banco do Brasil, acionista da instituição. Para ING Groep e Barclays, isso significa que é hora de comprar os papéis com maior rentabilidade. É a maior diferença desde que os papéis foram emitidos em janeiro. Os títulos do Votorantim em dólar com cupom de 5,25% e vencimento em 2016 oferecem rendimento de 4,82% no mercado de dívida, ou 171 pontos-base acima dos papéis com prazo semelhante do Banco do Brasil, segundo dados compilados pela Bloomberg. É o maior prêmio desde a emissão dos títulos do Votorantim em fevereiro.


6 Ações de setores defensivos despontam apesar da queda do Ibovespa. Entre as 67 ações do Índice Bovespa, o principal termômetro do mercado acionário local, cuja queda em 2011 já chega a 14,75%, um grupo seleto de 16 ações consegue se manter à tona, com valorizações que vão dos 4,55% de Ultrapar a 39,71% de TIM este ano, segundo levantamento do jornal Valor Econômico. Enquanto o Ibovespa como um todo sofre com problemas lá fora - como a crise da dívida soberana na Europa e a novela do teto do endividamento americano -, verdadeiros "heróis da resistência" se beneficiam de duas características em comum. Primeiro, fazem parte dos setores chamados defensivos. Segundo, passaram este ano por algum evento societário que turbinou seus ganhos.

7 A bolsa está barata? É possível aproveitar as pechinchas. Diante de uma queda vertiginosa no preço de muitos papéis na Bovespa, essa pode ser uma boa hora para identificar distorções, incrementar a carteira com pechinchas e ganhar dinheiro com a valorização destas ações no longo prazo. A opinião é do educador financeiro Mauro Calil, que sustenta, entretanto, que a estratégia não é para qualquer um. Confira a entrevista.

8 Ruiz, do Cade, pede apoio do governo a concorrentes da Brasil Foods. Decidido o destino da compra da Sadia pela Perdigão, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) espera, agora, que o governo atue para garantir a concorrência no mercado de alimentos. "O Cade não pode tudo", disse o conselheiro Ricardo Ruiz em entrevista ao jornal Valor Econômico. Será preciso que bancos federais, como o BNDES, ou programas de governo, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), invistam nas empresas que atuam nas "franjas" desse mercado. Mas isso não é tudo. Caberá ao governo investir também na empresa que adquirir a parte da Brasil Foods que o Cade mandou vender, conforme decisão da semana passada.

9 Braskem capta US$ 500 milhões com títulos de 30 anos e taxa de 7,25%. A Braskem captou 500 milhões de dólares numa emissão de títulos com prazo de 30 anos e taxa de 7,2%, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os títulos têm cupom de 7,125% e pagarão 308,1 pontos-base mais que os Treasuries de vencimento equivalente. Um ponto-base é equivalente a 0,01 ponto percentual.

10 Inflação em SP acelera para 0,27%, alimentos sobem mais. A inflação ao consumidor em São Paulo acelerou, pressionada sobretudo por uma maior alta de custos de alimentos, transportes e saúde, enquanto os preços de vestuário caíram. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,27% na segunda quadrissemana de julho, seguindo a alta de 0,19% na primeira, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira.

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