Crédito ganhou força na China, impulsionando mercados (Getty Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 24 de abril de 2023 às 13h28.
Última atualização em 24 de abril de 2023 às 15h08.
Antes em volatilidade, o mercado de ações chinês começa a sustentar movimento de alta, impulsionado por uma abertura de crédito, na contramão do restante dos mercados globais.
Os últimos dados econômicos da China para março foram decentes, segundo relatório da Gavekal Research; em particular, os dados de crédito vieram fortes, com o crédito do setor privado crescendo 9,6% an0 a ano, 0,80 ponto percentual acima dos 8,9% de janeiro. O impulso de crédito, definido como a média móvel de três meses da variação mês a mês no crescimento anual, agora está em 0,32, o maior desde meados de 2020.
Historicamente, um impulso de crédito tão considerável tem sido altamente correlacionado com o desempenho positivo do patrimônio líquido, tornando-o um dos mais confiáveis indicadores de mercado.
"O crédito está se acelerando ao mesmo tempo que as famílias mostram sinais de melhora na confiança", dizem os analistas da Gavekal. Cerca de 52% a 50% das famílias tiveram melhores perspectivas de emprego e renda no primeiro trimestre de 2023, ante 43% a 44%, respectivamente, no quarto trimestre de 2022. Os dados de março mostraram que essas expectativas positivas não são infundadas: a taxa de desemprego urbano caiu para 5,3% após ter ficado acima desse patamar desde agosto.
Na pesquisa do banco central, as famílias expressaram um aumento no apetite por investimentos, com 19% planejando aumentar seus investimentos em comparação com 15,5% no quarto trimestre, puxando o indicador de volta à tendência de 4 p.p. abaixo. Mais famílias ainda estão interessadas em economizar, com 58% dizendo que planejam economizar mais no próximo trimestre, mas esse número caiu 61,8% no quarto trimestre. Assim, o cenário começa a sinalizar impulso tanto para o setor de habitação quanto para o mercado de ações.