O que é o Pix: saiba para que serve, como cadastrar e mais
O sistema de pagamentos instantâneos do BC será lançado no dia 16 de novembro; em evento, EXAME discute as mudanças que a plataforma trará para a sociedade
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2020 às 14h00.
Última atualização em 7 de julho de 2022 às 16h24.
O Pix tem sido tema de discussões não só dentro do mercado financeiro mas também entre amigos, família e conhecidos. O novo sistema de pagamento entra em vigor em menos de um mês e tem potencial para fazer muitas mudanças para a sociedade.
1. O que é PIX
Um sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central. O Pix está previsto para ser lançado oficialmente em 16 de novembro e enquanto isso os grandes bancos estão correndo para encontrar formas de ganhar com o novo sistema. A maioria das instituições já liberou o cadastro para os clientes e mais de 30 milhões de brasileiros já se cadastraram. A intenção do Banco Central é estimular o uso de meios digitais de pagamento. Como consequência, vai diminuir o volume de papel-moeda em circulação e, de um modo geral, os brasileiros terão um acesso mais democrático ao sistema financeiro.
2. Para que serve
Desenvolvido pelo Banco Central, o Pix funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. As transações realizadas pela ferramenta serão instantâneas, com menor custo e alta segurança. O novo sistema é uma alternativa aos modelos de pagamento já existentes, como TED/DOC, que possuem um custo em torno ou acima de 10 reais por operação. Na plataforma, o valor vai sair direto da conta do usuário pagador para a conta do usuário recebedor. Não vai haver a necessidade de empresas e instituições intermediando o processo.
3. Quem pode usar o PIX
O Pix pode ser usado tanto por pessoas físicas quanto por empresas e MEIs. Ao simplificar e baratear a transferência de dinheiro entre pessoas físicas e jurídicas, o Pix deve colocar 22 milhões de brasileiros que atualmente não têm nenhuma conta em banco no sistema financeiro. A rapidez para transferir dinheiro para um amigo ou fazer um pagamento em uma loja sem usar cartão é apenas o começo. Empresas que prestam serviços públicos como fornecimento de água e energia, por exemplo, podem economizar usando o Pix no lugar dos boletos.
4. É de graça ou preciso pagar?
O Pix é gratuito para pessoas físicas e mais barato para as empresas do que os meios oferecidos atualmente. Os CNPJs ainda precisarão pagar uma tarifa, mas o valor cobrado pelo Banco Central será apenas o preço de custo da operação. Atualmente, os valores cobrados por bancos para operações como TED e DOC ficam em torno de 10 reais por transação.
5. Como funciona e o que preciso fazer?
A primeira etapa do lançamento do Pix é o cadastramento de chaves que irão substituir dados atualmente obrigatórios para uma transação como número do banco, agência, conta e CPF para recebimento de pagamentos e transferências. A chave será o único dado vinculado à conta que o cliente terá de compartilhar para receber transferências ou pagamentos. Este dado pode ser o CPF, o número do celular, um e-mail ou uma chave aleatória, gerada no próprio app de sua instituição. O cadastro deve ser feito nos sites e/ou aplicativos dos bancos e fintechs, ou pessoalmente nas instituições.
6. É obrigatório?
Não é obrigatório cadastrar uma chave para fazer ou receber uma operação pelo Pix. Mas, caso o usuário queira usar o sistema de pagamento instantâneo sem a chave, será preciso digitar todos os dados bancários do destinatário para realizar uma transação, a exemplo do que já acontece atualmente.
7. Posso cadastrar o Pix em mais de uma conta?
Cada pessoa física pode registrar até cinco chaves Pix diferentes junto ao Banco Central, utilizando CPF, número de telefone, e-mail ou números aleatórios como forma de identificação. Entretanto, cada chave só pode ser utilizada em uma única instituição, seja banco ou fintech. Por isso, é fundamental saber como fazer a portabilidade de sua chave Pix de uma instituição para outra, ou simplesmente excluir a chave de determinada instituição.
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