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Como fazer o colaborador se sentir importante (e os benefícios à empresa)

A digitalização do RH é um dos temas mais presentes hoje na gestão das companhias, mas o que pouco se fala é que o humano é essencial para a digitalização

Recursos humanos: o mundo dos negócios está mudando rápido e o RH está se tornando uma área cada vez mais estratégica dentro das empresas (Thomas Barwick/Getty Images)
BC

Beatriz Correia

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 16h00.

Última atualização em 14 de outubro de 2020 às 17h38.

É cada vez mais comum ouvir que as pessoas são os recursos mais importantes de uma empresa, à frente da tecnologia e dos dados. O mundo dos negócios está mudando rápido e recursos humanos está se tornando uma área cada vez mais estratégica dentro das empresas, protagonizando a transformação digital e transformação das pessoas. Mas como colocar isso na prática?

É importante mostrar para o colaborador a sua relevância dentro da engrenagem da empresa. Na live “Tendências e aprendizados para tornar o RH estratégico e ágil”, a EXAME Academy reuniu especialistas em gestão de recursos humanos para debater as melhores formas para essa finalidade.

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O evento foi mediado por Leo Branco, editor da EXAME, que recebeu Victor Queiroz, diretor de operações e recursos humanos do Banco Next, Fabio Lacerda, vice-presidente de gente, cultura, inovação e operações da Cogna, e Felipe Collins, sócio da ACE.

Participe das próximas lives

Na discussão sobre as mudanças nas funções e no papel do RH dentro de uma empresa, Victor Queiroz contou sobre o movimento no setor que coordena dentro do Next. “Nós colocamos o nome da área como "Relações Humanas" e não "Recursos Humanos", gerando uma provocação sobre o fato de sempre falarmos em colocar a pessoa no centro, mas sempre usar o termo recurso, como se os recursos fossem a engrenagem que fazem o trabalho acontecer, quando na verdade são as pessoas”, disse.

Os especialistas falaram sobre se a tendência de centralizar o funcionário faz bem e traz resultados para os negócios ou só são mais um termo do mundo corporativo. “A pandemia gerou um distanciamento entre os colegas e isso criou um problema para estabelecer a cultura dessa empresa que está se consolidando agora. Nós fizemos várias pesquisas com os colaboradores. Nós tomamos o cuidado de explicar o porquê estávamos abordando as pessoas, demos a devolutiva dos resultados do estudo e retornamos com ações. Na prática as pessoas sentem que foram escutadas e que a opinião delas está sendo considerada. É importante termos uma abordagem mais humanizada, usando dados, isso faz a diferença”, analisa Queiroz.

No período de pandemia a Cogna apostou no cuidado com a saúde. “Fizemos pesquisas para entender a saúde física e mental dos colaboradores, oferecemos suporte psicológico, colocamos o time de medicina à disposição dos funcionários. Quando estávamos preparando o retorno, perguntamos aos colaboradores o que eles achavam e eles não se sentiam seguros, então voltamos atrás na decisão. Com o tempo, percebemos que aquilo que as pessoas recebem em ações traz muito mais resultado”, explicou Lacerda.

A ACE também apontou a preocupação e o cuidado com os funcionários como pontos-chave no processo de transformação do RH. “As pessoas têm condições em casa para trabalhar? É preciso considerar desde a cadeira até o computador e a internet que ela usa. Nós mandamos uma carta, escrita e assinada a mão dando suporte aos colaboradores. Usamos a tecnologia, mas com um toque humano. Criamos uma reunião chamada Cafezinho que as pessoas podem entrar no meio do expediente só para conversar”, disse Collins.

Os especialistas também discutiram o processo de transformação digital nas empresas. “Não tem retorno a transformação digital, esse processo só vai evoluir", afirmou Fabio Lacerda, da Cogna. Para Collins, da ACE, "as empresas precisam se transformar de dentro para fora, com o colaborador no centro e focando em inovação”.

“A empresa que quiser passar pela transformação digital, o que é fundamental neste novo cenário — não só pela pandemia, mas potencializado por ela — precisa passar por uma transformação sobre como tratar pessoas”, diz Collins.

Próximas lives

As mudanças no RH ainda serão discutidas em mais duas lives. Cadastre-se para os eventos que vão mudar a maneira como você enxerga o trabalho e o impacto do RH nas empresas.

As lives apresentarão quais são as habilidades fundamentais neste novo momento e como desenvolver uma empresa, com base no aprendizado de grandes corporações que são referência na gestão de talentos e de startups que estão revolucionando o mercado.

A programação é voltada principalmente para profissionais de RH de empresas de diversos tamanhos e setores, mas o conteúdo é abrangente e útil para qualquer um que se interesse por gestão e inovação.

Confira o cronograma das lives:

O que o RH pode aprender com as startups? [22/10 – 19h]

Com Marcelo Furtado, CEO da Convenia, Francisco H. de Mello, CEO da Qulture Rocks, Frederico Lacerda, CEO da Pin People, e Felipe Collins, sócio da ACE.

RH estratégico e transformação digital [26/10 – 19h]
Com Ricardo Basaglia, managing director da Michael Page, Clarice Martins Costa, diretora de RH da Renner, e Felipe Collins, sócio da ACE.

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