Inteligência Artificial

Mark Zuckerberg sobre o atual momento da IA: não são apenas dados

Meta estava tão desesperada por dados que chegou a cogitar comprar a Simon & Schuster

 (Reprodução/Shutterstock)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de abril de 2024 às 10h42.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, emitiu uma opinião sobre o atual momento das big techs a respeito do treinamento da inteligência artificial: não são apenas os dados

"O que eu acho que será mais valioso são os loops de feedback (um processo em que os retornos que você recebe de seus clientes e funcionários são utilizados para aperfeiçoar suas campanhas e ações de marketing e vendas) em vez de qualquer tipo de ação", disse Zuckerberg em uma entrevista ao Command Line, um boletim informativo do setor de tecnologia.

Segundo o Business Insider, os loops de feedback são usados para treinar novamente e aprimorar os modelos de IA ao longo do tempo com base em seus resultados anteriores. Esses algoritmos permitem que os modelos de IA saibam quando cometem um erro, por exemplo, e fornecem dados para ajustar seu desempenho futuro.

"O fato de muitas pessoas usarem o produto, verem como as pessoas o usam e poderem melhorar a partir daí será, de fato, um diferencial ao longo do tempo", disse ele.

A obtenção de novos dados para seus insaciáveis modelos de IA consumirem - o que, teoricamente, os tornará mais inteligentes - é agora uma obsessão para as empresas que estão correndo para dominar a IA.

Empresas como a OpenAI, Google, Amazon, Meta e outras consideraram soluções nada ortodoxas. A Meta, por exemplo, estava tão desesperada por dados que chegou a pensar em comprar a editora Simon & Schuster e até mesmo em arriscar ações judiciais de direitos autorais para conseguir mais material, informou o The New York Times.

Outra solução para o problema de dados limitados é simplesmente criar novos dados, algo que a dona de WhatsApp, Facebook e Instagram chama de "dados sintéticos". Os dados sintéticos são gerados artificialmente e projetados para imitar os dados gerados por eventos do mundo real. Zuckerberg está interessado nisso.

"Acho que haverá muita coisa nos dados sintéticos em que os modelos tentam lidar com diferentes problemas e ver quais caminhos acabam funcionando, e então usar isso para reforçar", disse ele.

Aa OpenAI, fabricante do ChatGPT, está considerando a possibilidade, embora o CEO Sam Altman tenha dito em conferência do ano passado que o segredo é ter um modelo "inteligente o suficiente para gerar bons dados sintéticos".

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