A Meta quer tornar mais fácil a criação de música feita por inteligência artificial
Nova ferramenta de código aberto AudioCraft deve por lenha na disputa de artistas pela propriedade sobre suas vozes
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Lançamentos em IA da Meta: empresa acelerou o ritmo no setor de inteligência artificial (ALAIN JOCARD/Getty Images)

Publicado em 2 de agosto de 2023 às, 16h49.
Última atualização em 2 de agosto de 2023 às, 16h56.
A Meta anunciou o lançamento de um novo código aberto de IA denominado AudioCraft, que permite aos usuários criar música e sons inteiramente por meio de inteligência artificial. Esta ferramenta consiste em três modelos de IA, que abordam diferentes áreas da geração de som.
O modelo MusicGen utiliza entradas de texto para gerar música e foi treinado em "20.000 horas de música de propriedade da Meta ou licenciada especificamente para esse propósito".
O AudioGen, por sua vez, cria áudio a partir de prompts escritos, simulando sons como latidos de cachorros ou passos, e foi treinado em efeitos sonoros públicos.
Uma versão aprimorada do decodificador EnCodec da Meta permite aos usuários criar sons com menos artefatos, que ocorrem quando o áudio é manipulado excessivamente.
A empresa ofereceu ao público uma oportunidade de ouvir amostras de áudio feitas com o AudioCraft. A nova ferramenta entra no campo onde empresas como Google já atuaram, lançando modelos de IA como o MusicLM, que gera sons com base em prompts de texto.
Nova onda de ferramenta é mal vista por artistas
A música gerada por computador não é um fenômeno novo; entretanto, a AudioCraft e outros produtos de IA gerativa criam sons exclusivamente a partir de textos e uma vasta biblioteca de dados sonoros.
Atualmente, a AudioCraft se assemelha a algo que poderia ser usado em música ambiente, mas a Meta acredita que seu novo modelo pode inaugurar uma nova onda de canções, assim como os sintetizadores fizeram no passado.
A empresa observou a necessidade de abertura do código do AudioCraft para diversificar os dados usados em seu treinamento.
Meta reconheceu que os conjuntos de dados usados carecem de diversidade e, compartilhando o código, espera que outros pesquisadores possam testar novas abordagens para limitar ou eliminar possíveis vieses nos modelos gerativos.
A integração de IA com música levanta preocupações para gravadoras e artistas sobre o uso de material protegido por direitos autorais para treinamento, um tema sensível na indústria.
Casos legais históricos, como os recentes enfrentados por Spotify e Ed Sheeran, ressaltam a natureza complexa desses desafios.
Créditos

André Lopes
RepórterCom quase uma década dedicada à editoria de Tecnologia, também cobriu Ciências na VEJA. Na EXAME desde 2021, colaborou na coluna Visão Global, nas edições especiais Melhores e Maiores e CEO. Atualmente, é editor de Inteligência Artificial.Mais lidas em Inteligência Artificial
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