Paraguai não protegeu menina de 10 anos grávida, diz ONU
A gravidez de 23 semanas da menina, determinada há três semanas, foi resultado de abusos sexuais repetidos supostamente por um parente próximo
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2015 às 16h28.
Assunção - O governo do Paraguai não agiu com a devida diligência no caso da menina de 10 anos de idade que engravidou após ser estuprada, a quem foi negado tratamento, incluindo o aborto no momento adequado - afirmou nesta segunda-feira a ONU.
A gravidez de 23 semanas da menina, determinada há três semanas, foi resultado de abusos sexuais repetidos supostamente por um parente próximo, ressaltou o grupo de especialistas em direitos humanos, em comunicado divulgado em Genebra.
A lei sobre aborto no Paraguai é restritiva e só autoriza a interrupção da gravidez quando a vida da mulher ou da menina corre sério risco, sem prever exceções, incesto ou gravidez ectópica.
"A decisão das autoridades paraguaias resulta em graves violações dos direitos à voda, à saúde e à integridade física e mental da menina, assim como seus direitos à educação, que colocam em perigo suas oportunidades sócio-econômicas", alertaram os especialistas.
Apesar dos pedidos da mãe da menina e dos médicos para interromper a gravidez, "o Estado falhou na hora de tomar medidas para proteger a saúde, a integridade física e mental e até mesmo a vida da menina de 10 anos", disseram.
Os especialistas da ONU consideraram que "não foi feita uma avaliação interdisciplinar e independente com o objetivo de garantir o interesse superior da menina antes de descartar tratamentos para salvar a vida da menina, inclusive o aborto".
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as gravidezes precoces são extremamente perigosas para a saúde de uma menina e podem levar a complicações e à morte em alguns casos. Os corpos das meninas e adolescentes não estão completamente desenvolvidos para receber uma gravidez, lembraram os especialistas.
Na América Latina, o risco de morte materna é quatro vezes maior entre as adolescentes menores de 16 anos. As gestações precoces também são perigosas para o bebê, com uma taxa de mortalidade 50% mais alta.
Os especialistas da ONU pediram que o governo paraguaio respeite o interesse superior da menina e cumprir devidamente com suas obrigações internacionais tomando medidas urgentes para proteger sua vida e sua saúde, garantindo acesso a toda a atenção médica necessária, assim como a medidas de reparação e reabilitação adequadas.
Assunção - O governo do Paraguai não agiu com a devida diligência no caso da menina de 10 anos de idade que engravidou após ser estuprada, a quem foi negado tratamento, incluindo o aborto no momento adequado - afirmou nesta segunda-feira a ONU.
A gravidez de 23 semanas da menina, determinada há três semanas, foi resultado de abusos sexuais repetidos supostamente por um parente próximo, ressaltou o grupo de especialistas em direitos humanos, em comunicado divulgado em Genebra.
A lei sobre aborto no Paraguai é restritiva e só autoriza a interrupção da gravidez quando a vida da mulher ou da menina corre sério risco, sem prever exceções, incesto ou gravidez ectópica.
"A decisão das autoridades paraguaias resulta em graves violações dos direitos à voda, à saúde e à integridade física e mental da menina, assim como seus direitos à educação, que colocam em perigo suas oportunidades sócio-econômicas", alertaram os especialistas.
Apesar dos pedidos da mãe da menina e dos médicos para interromper a gravidez, "o Estado falhou na hora de tomar medidas para proteger a saúde, a integridade física e mental e até mesmo a vida da menina de 10 anos", disseram.
Os especialistas da ONU consideraram que "não foi feita uma avaliação interdisciplinar e independente com o objetivo de garantir o interesse superior da menina antes de descartar tratamentos para salvar a vida da menina, inclusive o aborto".
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as gravidezes precoces são extremamente perigosas para a saúde de uma menina e podem levar a complicações e à morte em alguns casos. Os corpos das meninas e adolescentes não estão completamente desenvolvidos para receber uma gravidez, lembraram os especialistas.
Na América Latina, o risco de morte materna é quatro vezes maior entre as adolescentes menores de 16 anos. As gestações precoces também são perigosas para o bebê, com uma taxa de mortalidade 50% mais alta.
Os especialistas da ONU pediram que o governo paraguaio respeite o interesse superior da menina e cumprir devidamente com suas obrigações internacionais tomando medidas urgentes para proteger sua vida e sua saúde, garantindo acesso a toda a atenção médica necessária, assim como a medidas de reparação e reabilitação adequadas.