Dólar cai abaixo de R$ 3,90 após China cortar juros
Às 10:18, o dólar recuava 0,29 por cento, a 3,8962 reais na venda
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 10h37.
São Paulo - O dólar recuava abaixo de 3,90 reais nesta sexta-feira, em linha com outros mercados emergentes, após a China cortar as taxas de juros e compulsório para enfrentar a desaceleração econômica, ofuscando preocupações com a situação fiscal do Brasil.
Às 10:18, o dólar recuava 0,29 por cento, a 3,8962 reais na venda, após cair mais de 1 por cento na mínima da sessão, a 3,864 reais.
"Todo mundo esqueceu o déficit primário no Brasil (devido à decisão da China)", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
Ele acrescentou que, além de favorecer mercados emergentes por si só, os cortes são evidência de fraqueza na segunda maior economia do mundo e podem levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a manter os juros perto de zero por mais tempo.
"O mercado vai acreditar que o Fed vai continuar 'dovish'".
O Banco do Povo da China reduziu suas principais taxas de juros e cortou a taxa de compulsório para todos os bancos, em um momento em que a fraqueza na segunda maior economia do mundo vem reduzindo a demanda por ativos de mercados emergentes.
Na véspera, sinalizações do Banco Central Europeu (BCE) de que pode prorrogar seu estímulo monetário já haviam alimentado o apetite por ativos de risco nos mercados externos.
A decisão chinesa, anunciada nesta manhã, fez o dólar trocar de sinal e passar a cair sobre o real, após abrir em leve alta devido a fatores domésticos.
O Tribunal de Contas da União sinalizou na quinta-feira que não vai aceitar o parcelamento das chamadas "pedaladas fiscais", o que vai aumentar ainda mais o rombo fiscal deste ano.
O governo deve enviar previsão de déficit primário de 70 bilhões de reais ao Congresso, afirmou uma fonte à Reuters.
Investidores temem que a deterioração das contas públicas possam levar o Brasil a perder seu selo de bom pagador com outras agências além da Standard & Poor's, o que afastaria ainda mais capitais do país em um momento de intensa incerteza política.
Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
São Paulo - O dólar recuava abaixo de 3,90 reais nesta sexta-feira, em linha com outros mercados emergentes, após a China cortar as taxas de juros e compulsório para enfrentar a desaceleração econômica, ofuscando preocupações com a situação fiscal do Brasil.
Às 10:18, o dólar recuava 0,29 por cento, a 3,8962 reais na venda, após cair mais de 1 por cento na mínima da sessão, a 3,864 reais.
"Todo mundo esqueceu o déficit primário no Brasil (devido à decisão da China)", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
Ele acrescentou que, além de favorecer mercados emergentes por si só, os cortes são evidência de fraqueza na segunda maior economia do mundo e podem levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a manter os juros perto de zero por mais tempo.
"O mercado vai acreditar que o Fed vai continuar 'dovish'".
O Banco do Povo da China reduziu suas principais taxas de juros e cortou a taxa de compulsório para todos os bancos, em um momento em que a fraqueza na segunda maior economia do mundo vem reduzindo a demanda por ativos de mercados emergentes.
Na véspera, sinalizações do Banco Central Europeu (BCE) de que pode prorrogar seu estímulo monetário já haviam alimentado o apetite por ativos de risco nos mercados externos.
A decisão chinesa, anunciada nesta manhã, fez o dólar trocar de sinal e passar a cair sobre o real, após abrir em leve alta devido a fatores domésticos.
O Tribunal de Contas da União sinalizou na quinta-feira que não vai aceitar o parcelamento das chamadas "pedaladas fiscais", o que vai aumentar ainda mais o rombo fiscal deste ano.
O governo deve enviar previsão de déficit primário de 70 bilhões de reais ao Congresso, afirmou uma fonte à Reuters.
Investidores temem que a deterioração das contas públicas possam levar o Brasil a perder seu selo de bom pagador com outras agências além da Standard & Poor's, o que afastaria ainda mais capitais do país em um momento de intensa incerteza política.
Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.