Mundo

Chile retira embaixador na Venezuela de forma definitiva 3 dias antes da posse de Maduro

Decisão reflete tensão diplomática após eleições venezuelanas acusadas de fraude

Nicolás Maduro: presidente reeleito em meio a acusações de fraude eleitoral (Jorisvo/iStockphoto)

Nicolás Maduro: presidente reeleito em meio a acusações de fraude eleitoral (Jorisvo/iStockphoto)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 18h42.

Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 18h47.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

O Ministério das Relações Exteriores do Chile anunciou nesta terça-feira, 7, que retirará definitivamente seu embaixador na Venezuela, Jaime Gazmuri. A decisão ocorre apenas três dias antes da posse do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que não contará com a presença de nenhum representante chileno.

"Esta medida responde à evolução dos acontecimentos após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024 na Venezuela, após as quais Nicolás Maduro assegurou que continuará sendo o presidente desse país a partir de 10 de janeiro, como resultado da fraude eleitoral perpetrada por seu regime", afirmou o governo chileno.

Além disso, o comunicado destacou que "a falta de abertura tem aumentado, o que, juntamente com o agravamento da crise, impediu o desenvolvimento de um diálogo bilateral eficaz". Esse cenário foi agravado pela expulsão da diplomacia chilena de Caracas, ocorrida em agosto de 2024, por ordem de Maduro.

Reações internacionais e críticas ao regime

A retirada do embaixador chileno é um reflexo da posição crítica do presidente chileno, Gabriel Boric, que não reconheceu Maduro como vencedor das eleições presidenciais. Boric também questionou a contagem de votos, que foi amplamente acusada de fraudulenta, inclusive por líderes internacionais e pelo candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.

Atualmente exilado na Espanha, González Urrutia realiza uma viagem internacional para buscar apoio. A agenda já incluiu países como Argentina, Uruguai e Estados Unidos e está programada para terminar em 10 de janeiro, dia da posse de Maduro.

Relações entre Chile e Venezuela

O presidente Boric havia decidido nomear um embaixador na Venezuela em maio de 2023, após cinco anos sem essa autoridade diplomática. A nomeação do ex-senador socialista Jaime Gazmuri buscava enfrentar a crise migratória intensificada pelo aumento da imigração venezuelana para o Chile.

"O Chile espera que a Venezuela possa voltar ao caminho da democracia e da promoção e proteção dos direitos humanos, valores que atualmente estão ausentes nesse país irmão", concluiu o comunicado do governo chileno.

Acompanhe tudo sobre:Venezuela

Mais de Mundo

Pastrana afirma que 9 ex-presidentes pretendem acompanhar González Urrutia à Venezuela

Extrema direita convida conservadores a negociar coalizão de governo na Áustria

Edmundo González Urrutia denuncia sequestro de genro em Caracas

O que ocorreu na Síria pode se repetir na Venezuela, diz María Corina Machado