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Usuário desconhecido movimenta bitcoins parados há 14 anos e tem lucro de R$ 15 milhões

Minerador da criptomoeda participou do projeto pouco depois de seu lançamento, mas deixou carteira inativa desde então

Bitcoin disparou mais de 60% nos primeiros meses de 2024 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin disparou mais de 60% nos primeiros meses de 2024 (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de abril de 2024 às 14h01.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 14h11.

Um usuário desconhecido chamou a atenção do mercado nesta segunda-feira, 15, após movimentar cerca de 50 bitcoins que estavam parados em uma carteira digital há 14 anos. O dono das criptomoedas deixou a carteira inativa por todo esse período, mas agora decidiu movimentar o montante, com um lucro de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões, na cotação atual).

A movimentação despertou interesse de usuários do mundo cripto porque representa um caso raro em que unidades da criptomoedas parados desde o seu lançamento no mercado voltaram a circular. Em geral, ativos parados há tanto tempo são considerados perdidos pelos investidores.

Dados da plataforma LookOnChain aponta que o usuário misterioso dividiu as unidades de bitcoin e as enviou para duas carteiras digitais ainda na madrugada desta segunda-feira. Em seguida, parte das unidades foi enviada para a corretora de criptomoedas Coinbase, mas ainda não se sabe se a quantia foi vendida.

Apesar da identidade do usuário ser desconhecida, dados indicam que ele recebeu as unidades da criptomoeda como recompensa pela sua atuação como minerador. Ele participou da rede com essa função logo nos primeiros meses em que o blockchain foi lançado por Satoshi Nakamoto.

O período em que o usuário atuou como minerador é chamado de "Era Satoshi", em referência ao misterioso criador da criptomoeda e do blockchain. Na época, o valor do bitcoin era irrisório, na casa de centavos. Atualmente, a criptomoeda está cotada acima de US$ 65 mil.

O "despertar" da carteira com as criptomoedas não representa necessariamente uma intenção do usuário de realizar lucros e vender os ativos. Em alguns casos, a movimentação representa apenas uma troca de carteira digital para armazenamento, ou então uma recuperação de acesso perdido aos ativos.

Em janeiro deste ano, um investidor que pagou menos de US$ 1 mil por bitcoin em 2013 movimentou uma quantia bilionária, na casa dos US$ 2 bilhões, em unidades da criptomoeda que ficaram paradas por cerca de cinco anos.

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