Pesquisa: um em cada três jogadores trocaria emprego por game play-to-earn
Pesquisa liderada por comunidade de jogos em blockchain afirma que 32% dos jogadores deixaria o emprego para passar o tempo todo jogando, entre outras descobertas
Mariana Maria Silva
Publicado em 17 de março de 2022 às 11h30.
Última atualização em 18 de março de 2022 às 11h03.
Uma comunidade de jogos em blockchain entrevistou seus jogadores entre 15 de fevereiro e 7 de março de 2022 e descobriu que um em cada três estaria disposto a deixar seu emprego formal para transformar os jogos play-to-earn em sua principal fonte de renda.
Dos 1.103 entrevistados, a maioria está nas Filipinas e, dentre os que têm emprego, a média salarial é de US$ 316. O valor é equivalente a R$ 1.600, um pouco mais que o salário mínimo brasileiro.
“Muitos estão prontos para abandonar seus outros empregos para jogar jogos com NFTs, pois eles poderiam ganhar o mesmo, se não mais, jogando”, afirma John Stefanidis, CEO da Balthazar.
No entanto, a maioria (59%) afirmou preferir manter o jogo como uma renda extra enquanto possui um emprego principal. Mais de dois terços (65%) disseram que precisariam ganhar no mínimo US$ 42 para considerar deixar o emprego para jogar em tempo integral. Dentro destes 65%, 55% disseram que precisariam ganhar entre US$ 1 e US$ 20 por dia para se dar ao luxo de deixar o emprego atual para jogar.
Os desempregados somam 69%, e a maioria são estudantes que afirmam utilizar a renda dos jogos para necessidades básicas e pessoais, como moradia e contas (52%), enquanto 19% afirma utilizar o dinheiro para pagar despesas de educação.
Além disso, a pesquisa da Balthazar descobriu que a renda proporcionada pelos jogos play-to-earn não favorece apenas os jogadores, mas também seus amigos e familiares. 63% dos entrevistados afirmaram apoiar financeiramente pelo menos uma outra pessoa, enquanto 5% apoia financeiramente de 6 a 10 pessoas.
A Balthazar é uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO) que promove o acesso aos jogos play-to-earn por meio de “bolsas” que incluem os NFTs necessários para os principais jogos, como Axie Infinity, Thetan Arena e Pegaxy. O modelo fez sucesso inicialmente com a Yield Guild Games, a maior comunidade do gênero, focada em Axie Infinity, e já chegou no Brasil, por meio de Heloísa Passos, CEO da Sp4ce Games.
A DAO ainda fechou uma parceria com o jogo Splinterlands e a Side Door Ventures para o aluguel de US$ 1 milhão em ativos do jogo, cuja gestão vai proporcionar a distribuição de 3 mil bolsas para novos jogadores.
John Stefanidis, o CEO da Balthazar, se demonstra extremamente otimista quanto ao futuro da tecnologia. “Acreditamos que os jogos play-to-earn serão o maior disruptor no espaço de criptomoedas este ano, bem como na indústria de videogames, à medida que mais empresas de jogos, detentores de criptomoedas e investidores tradicionais estão investindo no espaço”, disse.
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