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Pela primeira vez, FTX supera Coinbase e assume posto de segunda maior corretora cripto do mundo

Levantamento mostra que participação de mercado da Coinbase caiu para menos de 10%, levando a primeira corretora a abrir capital nos EUA para a terceira posição da lista

Coinbase divulgou resultado negativo no primeiro trimestre de 2022; ações já caíram quase 80% desde o IPO (SOPA Images/Getty Images)
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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 2 de junho de 2022 às 16h20.

Um levantamento da plataforma de pesquisa The Block Research mostrou uma mudança importante na participação das empresas no mercado de compra e venda de criptomoedas, com a FTX ultrapassando a Coinbase e assumindo o posto de segunda maior corretora cripto do mundo.

-(Mynt/Divulgação)

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Segundo a pesquisa, a FTX agora tem 10,8% de participação neste mercado, superando pela primeira vez a Coinbase, que caiu para 9,6%. A liderança entre as exchanges centralizadas (aquelas que têm dono ou empresa controladora, em oposição às corretoras descentralizadas) segue com a Binance, com 64,1% do mercado e ampla vantagem sobre as concorrentes.

Apesar da queda nos preços dos criptoativos em 2022 e, em especial, durante o mês de maio, o levantamento da The Block Research mostra que o volume de negociações nas corretoras subiu 19,6% no mês passado, atingindo um total de pouco mais de 830 bilhões de dólares.

A mudança no "pódio" das maiores corretoras cripto do mundo é significativo porque a Coinbase já ocupava a segunda posição no setor há alguns anos e sempre foi vista como a maior corretora cripto dos EUA. Além disso, é a única das grandes corretoras quem tem capital aberto, com suas ações negociadas na Nasdaq desde o ano passado.

Os papeis da corretora, aliás, têm sofrido bastante em 2022. Na divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a Coinbase anunciou receita de 1,16 bilhão de dólares, menos da metade do último trimestre de 2021, e prejuízo líquido de 430 milhões de dólares, fazendo com que as ações despencassem mais de 35% ao longo do último mês - no ano, a queda passa de 71% e, desde o IPO em abril de 2021, a desvalorização já chega a 79%.

Após a divulgação do último balanço, a Coinbase afirmou que a queda do mercado cripto foi a principal razão para o resultado negativo e indicou que deve tomar medidas para cortar custos, inclusive desacelerando o ritmo de contratações. Apesar dos números negativos recentes, a empresa se tornou na semana passada a primeira do mercado cripto a ocupar um lugar na Fortune 500, lista das 500 empresas com maiores receitas dos EUA - a corretora ocupa a 437ª colocação, com sua receita de 7,8 bilhões de dólares ao longo de 2021.

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