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Fundo de George Soros troca ações por criptomoedas e vê potencial em DeFi

CIO do Soros Fund, que tem R$150 bilhões em ativos, diz que fundo está vendendo ações e tem criptomoedas, mas vê mais potencial em casos de uso de DeFi

Fundo de George Soros confirma negociações com bitcoin e CIO diz que enxergar grande potencial em aplicações de DeFi (Simon Dawson/Bloomberg/Getty Images)
GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 6 de outubro de 2021 às 12h21.

Última atualização em 6 de outubro de 2021 às 15h45.

O Soros Fund, fundo de investimento de 27 bilhões de dólares (quase 150 bilhões de reais) de George Soros, está de olho no mercado cripto. O fundo não apenas já comprou criptomoedas, como acompanha atentamente as soluções de finanças descentralizadas (DeFi).

"Nós temos algumas moedas - não muitas - mas as moedas em si são menos interessantes do que os casos de uso de DeFi e coisas do tipo", disse a CIO do Soros Fund, Dawn Fitzpatrick, em evento da Bloomberg na última terça-feira, 5, completando que as "criptomoedas já se tornaram mainstream".

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A informação de que o Soros Fund estava negociando bitcoin surgiu pela primeira em julho, mas não tinha sido confirmada até a entrevista da executiva nesta semana. O tema surgiu quando Fitzpatrick comentou sobre as preocupações com o mercado de ações.

Segundo ela, o Soros Fund investiu 5 bilhões de dólares em ações durante a queda de março de 2020, quando o mercado despencou. Agora, segundo a CIO, o fundo está vendendo papeis para garantir que terá disponível para investir novamente caso outra crise aconteça em breve, dando a entender que acredita nesta possibilidade.

Nos últimos dias, várias notícias mostram que a indústria financeira tradicional está de fato abraçando o mercado cripto, reforçando as palavras de Fitzpatrick sobre a popularização do setor. O Bank of America, por exemplo, publicou relatório otimista e inaugurou uma sequência de análises sobre este mercado.

Há algumas semanas, o JPMorgan anunciou fundos de criptoativos para parte dos seus clientes e, antes, o Citigroup já havia confirmado a possibilidade de oferecer derivativos de criptomoedas, o que o Goldman Sachs faz desde maio.

No Brasil, o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, anunciou o lançamento da Mynt, primeira plataforma de investimento direto em criptoativos desenvolvida por um banco brasileiro.

Todas essas informações comprovam que o mercado de criptoativos tem crescido e amadurecido rapidamente, atraindo atenção inclusive de instituições que, em outros momentos, criticavam o setor.

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