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Maior bolsa de opções dos EUA, CBOE envia documentação para listar ETF de bitcoin

SEC tem 45 dias para responder à solicitação, que já foi negada anteriormente; analistas vêem cenário favorável para aprovação ainda este ano

ETFs de criptoativos ganham espaço na carteira do investidor (Kwun Kau Tam/Getty Images)
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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 3 de março de 2021 às 11h28.

A Chicago Board Options Exchange (CBOE), maior bolsa de opções dos Estados Unidos, entrou com a documentação junto à SEC para começar a negociar o ETF de bitcoin que a gestora VanEck pretende lançar. Caso aprovado, o produto seria o primeiro ETF de bitcoin listado nos EUA e poderia, segundo especialistas, impulsionar o mercado de criptoativos.

Órgão regulador para valores mobiliários dos EUA, como a CVM no Brasil, a SEC tem, inicialmente, 45 dias para responder à solicitação da CBOE, mas o prazo pode ser estendido se a autarquia julgar necessário após suas análises iniciais.

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A SEC já rejeitou diversos pedidos de listagem de um ETF de bitcoin nos EUA, inclusive da própria VanEck, gestora com quase 50 bilhões de dólares (cerca de 286 bilhões de reais) em ativos.

Apesar das negativas, a expectativa desta vez é mais otimista, depois que o Canadá aprovou o seu primeiro ETF de bitcoin que, em menos de 10 dias, já recebeu mais de 600 milhões de dólares em investimentos. "A aprovação de um ETF canadense é provavelmente um sinal de que a SEC aprovará um nos EUA também, ainda este ano", disse o analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas.

Outro fator relevante é que a maioria dos pedidos feitos à SEC sobre o assunto aconteceram em 2017, quando o mercado de criptoativos era muito menor, menos regulamentado e com participação reduzida de empresas e grandes investidores de mercados tradicionais.

"O mercado de bitcoin é aproximadamente 100 vezes maior em 2021", dizem a CBOE e a VanEck na documentação enviada à SEC, citando que o volume de negociação de contratos futuros de bitcoin regulamentados, apenas na Bolsa de Chicago, é de 28 bilhões de dólares, valor que, em 2017, era superior à capitalização de mercado total do bitcoin.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento.Confira.

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