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73% das startups brasileiras nunca receberam investimentos, mostra estudo

Pesquisa do setor tem dados relevantes sobre o mercado nacional; ausência de mulheres chama a atenção

 (Annie Spratt/Unsplash)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 15h00.

A Associação Brasileira de Startups (ABStartups) divulgou na última semana o Mapeamento de Comunidades 2020, estudo conduzido em parceria com o Sebrae que analisa o ecossistema de startups no Brasil. Entre os destaques da pesquisa, a revelação de que 73% das startups brasileiras nunca receberam nenhum tipo de investimento.

Outros dados divulgados pelo levantamento chamam a atenção, como o fato de 26% das startups nacionais não terem uma única mulher em suas equipes, que em geral são pequenas: a pesquisa aponta que 60% das startups tem equipe de até cinco pessoas.

“As 'Comunidades' do estudo são compostas por seis pilares: acesso ao mercado, talento, acesso à capital, cultura, densidade e ambiente regulatório. Dentro desses pilares trazemos informações sobre eventos, cases inspiradores, formação, suporte, programas do governo, relacionamento com grandes empresas, geração de talentos, relacionamento com a imprensa de cada comunidade exibida”, disse Ana Flávia Carrilo, representante da associação.

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A ideia do estudo é aprofundar o conhecimento sobre o setor, oferecendo um panorama mais completo sobre o mercado, a fim de promover melhorias e permitir às iniciativas públicas e privadas o planejamento de ações para o futuro.

“Mais do que mostrar o que as startups fazem pelo nosso país, do ponto de vista econômico e social, o Mapeamento das Comunidades aponta alguns desafios que temos, como por exemplo a inserção da mulher dentro desses ambientes tecnológicos”, completou.

O dado sobre a falta de investimentos para a grande maioria das startups brasileiras contrasta com informações recentes que indicam que apenas em 2020, mais de 1 bilhão de dólares já foram investidos nas companhias nacionais, o que indica uma concentração elevada dos investimentos — isto é, poucas empresas recebem grandes investimentos, enquanto a maioria não recebe nada.

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