Crítico das criptomoedas, Nobel de economia é banido em app de pagamentos e vira alvo de provocações
Anteriormente, Paul Krugman havia dito que apps de pagamentos faziam o mesmo que o bitcoin e que apenas criminosos teriam motivos para usar a criptomoeda
Da Redação
Redação Exame
Publicado em 9 de março de 2023 às 11h34.
Paul Krugman, economista vencedor do Prêmio Nobel, virou alvo de provocações na internet após ser banido do Venmo, aplicativo de pagamentos bastante utilizado nos Estados Unidos. Usuários das redes sociais apontaram contradições em falas do economista sobre as criptomoedas e comparações com aplicativos do gênero.
Isso porque as criptomoedas como o bitcoin funcionam em redes blockchain descentralizadas, impossibilitando o banimento de qualquer usuário. Já aplicativos centralizados como o Venmo podem definir quem pode ou não participar.
Em dezembro de 2022, o economista escreveu um artigo para o The New York Times intitulado “Pra que serve o blockchain?”, onde afirmou acreditar que a tecnologia blockchain é inútil e não tem nenhum propósito.
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Segundo Krugman, tais aplicativos cumpririam a mesma função do bitcoin e apenas criminosos teriam motivos para utilizar a criptomoeda, a fim de “comprar drogas ou encomendar um assassinato”. Para ele, os criptoativos estariam fazendo o sistema monetário “retroceder trezentos anos”.
O economista, no entanto, disse que foi banido do aplicativo sem nenhuma justificativa.
Quando o prêmio Nobel da economia foi ao Twitter reclamar sobre o ocorrido, os usuários logo se apressaram em perguntar à Krugman se ele havia tentado cometer um crime no aplicativo.
“Você estava tentando comprar drogas ou encomendar um assassinato?”, perguntou o usuário Neeraj Agrawal.
Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, empresa listada em bolsa que mais investe em bitcoin, também respondeu à publicação: “o bitcoin resolve o seu problema”.
O CEO da maior corretora de criptomoedas em valor de mercado, Changpeng Zhao da Binance, comentou o caso afirmando que “todo mundo estará em cripto, eventualmente”.
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