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Brasil tem quarto recorde seguido no número de CNPJs com criptomoedas, diz Receita Federal

Número de novembro é o maior da série histórica, enquanto declarações de CPFs atingiram menor valor desde junho de 2022

Dados da Receita Federal apontam que bitcoin é a criptomoeda mais negociada no Brasil (Arquivo/Agência Brasil)

Dados da Receita Federal apontam que bitcoin é a criptomoeda mais negociada no Brasil (Arquivo/Agência Brasil)

O número de CNPJs com operações envolvendo criptomoedas declaradas à Receita Federal bateu um novo recorde no mês de novembro, de acordo com dados divulgados pelo órgão. É o quarto recorde consecutivo para a categoria, ao mesmo tempo em que o número de CPFs que declararam possuir alguma moeda digital recuou no mesmo período, chegando ao menor valor desde junho de 2022.

De acordo com os dados divulgados pela Receita Federal, em novembro foram registradas declarações de 45,4 mil CNPJs, ante 42,7 mil em outubro, uma alta de 6,2%. Já os CPFs caíram de 1,27 milhão para 1,16 milhão, recuo de 8,5%.

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Com isso, o número de setembro de 2022 segue sendo o maior da série histórica para a categoria. Naquele mês, 1,49 milhão de pessoas-físicas declararam criptomoedas para a Receita Federal. Desde então, o número entrou em tendência de queda, mas segue acima dos dados de 2021 e do primeiro semestre do ano passado.

Já em relação aos CNPJs, o novo valor de novembro é o maior da série histórica, iniciada em agosto de 2019 após a determinação pela Receita Federal da obrigatoriedade de declaração por parte dos investidores.

Ao mesmo tempo, o valor total de criptomoedas declaradas ao órgão teve um recuo em novembro, caindo para R$ 11,36 bilhões. O número é 11% menor que o de outubro, e o recorde da série histórica segue sendo maio de 2021, com R$ 25 bilhões.

Na divisão pelo tipo de movimentação, as com uso de corretoras de criptoativos que operam no Brasil tiveram queda entre novembro e outubro, passando de R$ 10,6 bilhões para R$ 8,8 bilhões. Já as sem uso de exchanges subiram de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,8 bilhão, e as com uso de exchanges no exterior também cresceram, de R$ 549 milhões para R$ 603 milhões.

Diferente dos últimos meses, a participação de mulheres no mercado de criptomoedas teve leve queda, correspondendo a 21,83% do total de operações declaradas. O maior valor da série histórica foi registrado em outubro, de 21,88%. Considerando o valor das operações, as investidores foram responsáveis por 15,1% do total, ante 16,96% em outubro.

Ainda segundo os dados da Receita Federal, o bitcoin segue sendo a criptomoeda mais declarada por CPFs e CNPJs. Em novembro, foram 1,4 milhão de operações com o ativo, totalizando R$ 1,2 bilhões movimentados. O valor teve alta em relação a outubro, assim como o valor médio de cada operação, que subiu de R$ 705,98 para R$ 826,75.

Em segundo lugar está o ether, com 613 mil operações e R$ 379 milhões movimentados em novembro. Os dois dados representaram crescimento em relação aos valores de outubro. O valor médio das operações declaradas também subiu, indo de R$ 452,60 para R$ 619,11.

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